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Fed cumpre com expectativas do mercado e sobe a taxa de juro
A autoridade monetária liderada por Janet Yellen subiu a taxa dos fundos federais em 25 pontos base. O intervalo desta taxa passa a ser de entre 0,50% e 0,75%.
O Comité Federal do Mercado Aberto cumpriu com as expectativas do mercado. Decidiu uma subida de 25 pontos base na taxa de fundos federais para entre 0,50% e 0,75%, algo que era visto como uma "formalidade" por parte dos investidores. Mas mais que essa decisão, o mercado aguardava as projecções dos responsáveis do FOMC para o nível das taxas de juro no futuro. E, nesse ponto, as indicações sugerem uma análise mais restritiva do que o antecipado pelo mercado.
Esta semana, uma sondagem da Bloomberg apontava que o consenso estimava duas subidas dos juros no próximo ano. No entanto, o documento com as projecções divulgado pela Reserva Federal dos EUA mostra uma revisão em alta do que os membros do FOMC antecipam para a taxa de juro, consistente com três subidas ao longo do próximo ano. A maior parte dos responsáveis antecipa três subidas de 25 pontos base ao longo de 2017.
Em relação à subida da taxa de fundos federais, o comunicado do FOMC refere que "tendo em conta as condições realizadas e expectáveis para as condições do mercado de trabalho e da inflação" decidiu subir a taxa de juro em 25 pontos base. O Comité afirma que "é esperado que a inflação suba para 2% no médio prazo à medida que os efeitos transitórios de descidas passada na energia e nos preços das importações se dissipem e as condições no mercado de trabalho se fortaleçam". Os responsáveis da Fed realçam que "os riscos de curto prazo para as perspectivas sobre a economia aparentam estar equilibrados".
Apesar da subida das projecções dos membros da Fed, algo que o banco central defende ser meramente um indicador e não constituir decisões futuras sobre os juros, no comunicado o FOMC continua a reiterar algumas cautelas para mais aumentos da taxa nos próximos tempos. "O Comité irá monitorizar de forma cuidadosa os actuais e esperados progressos em direcção ao seu objectivo de inflação", que é de 2%.
E refere que a expectativa é que "as condições económicas evoluam de forma a garantir apenas subidas graduais da taxa de fundos federais" e que esta "irá provavelmente continuar, por algum tempo, abaixo dos níveis que são esperados que prevaleçam no longo prazo".
(Notícia actualizada às 19:30 com mais informação)