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Fecho de posição em derivado financeiro custou 2,6 mil milhões a Itália

Itália encerrou um contrato de derivados de taxas de juro que tinha com o Morgan Stanley, no início deste ano, para encerrar uma posição que mantinha desde os anos 1990. O custo para os contribuintes equivale a metade da poupança orçamental conseguida este ano.

16 de Março de 2012 às 09:31
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A notícia é hoje avançada pela Bloomberg, que lembra que o Morgan Stanley anunciou, em Janeiro, ter reduzido a sua “exposição líquida” a Itália em 3,4 mil milhões de dólares (2,605 mil milhões de euros).

O que não se soube logo foi o modo como esse contrato foi encerrado. A agência noticiosa diz que essa exposição era relativa a um contrato derivado de taxas de juro que o Governo mantinha desde os anos 1990, segundo fonte citada pela que a Bloomberg não identifica.

O valor pago por Itália corresponde a metade da poupança orçamental que Mario Monti vai conseguir, este ano, através das medidas de austeridade que foram aprovadas no ano passado e a operação ilustra os custos da estratégia de cobertura do risco de taxa de juro pelos países.

Itália, com a segunda dívida mais alta da Europa, teria perdas de 31 mil milhões de dólares em derivados se encerrasse todas as suas posições em derivados ao seu actual valor de mercado. O valor actual da sua dívida encontra-se no valor recorde de 2,5 biliões de dólares. As perdas apuradas com derivados corresponderia, assim, a 1,24% do valor da sua dívida pública.

“Estas perdas demonstram a natureza especulativa destes negócios e a supremacia da finança sobre os governos”, disse o senador italiano presidente do conselho de administração do grupo Adusbef, Elio Lannutti, citado pela Bloomberg.

A 19 de Janeiro, a Morgan Stanley anunciou, junto do regulador do mercado de activos mobiliários norte-americano (SEC – Securities Exchange Comission), que “executou certas alterações a contratos de derivados que foram liquidadas a 3 de Janeiro de 2012”, reduzindo a sua exposição líquida em 3,4 mil milhões de dólares.

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