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Fecho dos mercados: Petróleo a caminho de queda superior a 1% na semana. Euro em máximos de agosto

O petróleo está a caminho de registar uma queda semanal superior a 1%. O euro tem vindo a recuperar nas últimas semanas e já está em máximos de dois meses face ao dólar.

Reuters
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Os mercados em números
PSI-20 desceu 0,73% para os 4.977,16 pontos
Stoxx 600 desvalorizou 0,32% para os 391,84 pontos
S&P 500 desce 0,18% para os 2.992,45 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 2,2 pontos base para os 0,196%
Euro valoriza 0,3% para os 1,158 dólares
Petróleo em Londres desvaloriza 0,45% para 59,64 dólares o barril

Bolsas europeias encerram semana no vermelho, mas saldo é positivo
As bolsas europeias fecharam esta sexta-feira, 18 de outubro, em terreno negativo num dia que fica marcado pela forte desaceleração da economia chinesa no terceiro trimestre. O PIB da China cresceu 6% entre julho e setembro - o ritmo mais lento em quase 30 anos -, fazendo disparar os alarmes de que a desaceleração económica veio para ficar.

O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, desvalorizou pela terceira sessão consecutiva ao ceder 0,32% para os 391,84 pontos, acumulando um saldo semanal positivo de apenas 0,05%. "As bolsas europeias negociaram com algumas perdas, justificadas por noticias de caráter macro e microeconómico", sintetizaram os analistas do BPI no comentário de fecho.

Os setores com maiores descidas na sessão foram o setor automóvel e o dos produtos alimentares. Neste último caso, é de recordar que entraram em vigor hoje as tarifas de 25% dos EUA sobre bens da União Europeia que incidem principalmente em produtos alimentares. A Comissão Europeia recordou que deverá retaliar em breve, mas apelou à negociação. Acresce que a francesa Danone cortou as previsões de crescimento para este ano e viu as ações descerem mais de 8%. 

No caso do setor automóvel, a Renault pressionou em baixa as cotadas ao ter registado um queda superior a 11%, após ter cortado as previsões de receitas e de margem operacional para este ano. As ações da fabricante de automóveis francesa chegaram a negociar em mínimos de 2013.

Neste momento, os investidores estão no modo "esperar para ver", segundo a Bloomberg, dado que o voto no Parlamento britânico relativo ao acordo firmado entre o Governo britânico e a Comissão Europeia vai realizar-se este sábado. Os mercados aguardam assim para reagir ao desfecho do voto na segunda-feira.

Em Lisboa, o PSI-20 encerrou com uma queda de 0,73% para os 4.977,16 pontos, acumulando um saldo semanal de -0,54%. 

Juros portugueses voltam a subir
Não há uma tendência definida nos juros das obrigações soberanas da Zona Euro nos últimos dias. No caso português, os juros a dez anos já subiram e desceram dentro do mesmo intervalo. Neste momento, os juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 2,2 pontos base para os 0,196%, acumulando uma queda ligeira de 0,2 pontos base no conjunto da semana.
 
Euro em máximos de agosto
A divisa europeia está a valorizar na sessão de hoje, acumulando quatro subidas consecutivas e negociando em máximos de agosto - período anterior à descida dos juros por parte do Banco Central Europeu a 12 de setembro. A manter a mesma subida, o euro prepara-se para fechar a semana com a maior valorização desde junho.

Se a incerteza à volta do Brexit se dissipar, isto é, caso o Parlamento britânico aprove o acordo firmado entre Londres e Bruxelas, é expectável que o euro possa continuar a subir nas próximas semanas, de acordo com a Bloomberg. A ajudar o euro a valorizar está também a expectativa de que os Estados-membros gastem mais no próximo ano para contrariar a travagem económica e de que a Reserva Federal norte-americana poderá descer mais os juros diretores.

Neste momento, o euro valoriza 0,3% para os 1,1158 dólares, acumulando uma subida semanal de 1,05%, a maior valorização semanal desde a primeira quinzena de junho.

Petróleo a caminho de queda superior a 1% na semana
Depois da valorização conseguida no acumulado das sessões da semana passada, o preço do crude (tanto o Brent como o WTI) prepara-se para terminar esta semana com um saldo semanal negativo superior a 1%.

Contudo, esta sexta-feira o petróleo negociou sem rumo definido nos mercados internacionais. Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que serve de valor de referência para as importações nacionais, segue a perder 0,45% para 59,64 dólares por barril, isto após dois dias a valorizar.

Já o West Texas Intermediate (WTI), que é negociado em Nova Iorque, sobe ligeiros 0,06% para 53,96 dólares, na terceira sessão seguida em terreno positivo.

O aumento das reservas petrolíferas norte-americanas registado na semana passada contribui para a descida do crude. Assim como a crescente apreensão quanto ao impacto negativo que os sinais de abrandamento da economia mundial poderá implicar em termos de redução da procura global pela matéria-prima, em especial depois de a China ter apresentado o pior ritmo de crescimento trimestral desde o início da década de 1990.

Ouro quase inalterado perante incerteza
O metal dourado está a negociar com uma ténue subida de 0,03% para 1.492,29 dólares por onça, sobretudo apoiado na descida do dólar, isto num dia em que o ouro tem alternado entre pequenas subidas e ligeiras descidas.

A pequena variação apresentada pela matéria-prima acontece numa altura em que os investidores tentam aferir qual poderá ser o desfecho do processo do Brexit, cujo acordo alcançado entre Londres e Bruxelas é votado, este sábado, pelo parlamento britânico, bem como avaliar a robustez da economia norte-americana que registou dados negativos esta semana, incluindo a produção industrial.

Após ter subido quase 2% na semana passada, o ouro encaminha-se para desvalorizar em torno de 0,5% na semana que agora termina.

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