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Abertura dos mercados: Europa e petróleo somam na semana mas tropeçam no final. Juros turcos afundam
A semana foi marcada por negociações entre os Estados Unidos e China e entre o Reino Unido e a União Europeia, que encheram os mercados de expectativas. Contudo, a falta de força dos acordos conseguidos levam ao pessimismo na última sessão da semana.
PSI-20 desce 0,20% 5.003,93 pontos
Stoxx 600 recua 0,10% para os 393 pontos
Nikkei desceu 0,18% para os 22.492,68 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos agravam-se 2,1 pontos base para os 0,195%
Euro cede 0,01% para os 1,1124
Petróleo em Londres desvaloriza 0,15% para os 59,82 dólares o barril
Europa soma na semana mas tropeça no final
As principais bolsas europeias seguem em queda, um movimento ilustrado pela descida de 0,10% para os 393 pontos do Stoxx600, o agregador das 600 maiores cotadas do Velho Continente. Esta é a segunda sessão consecutiva de perdas para a Europa, uma tendência abafada no acumular da semana. Nos últimos cinco dias o Stoxx valorizou cerca de 3%.
Esta sexta-feira os investidores têm mais um motivo de preocupação depois de ter sido divulgado o PIB da China. A segunda maior economia do mundo voltou a abrandar e a falhou as estimativas dos analistas, mostrando o crescimento mais fraco em quase 30 anos.
Por outro lado, hoje é dia do primeiro-ministro britânico tentar reunir apoio para o acordo do Brexit que foi alcançado ontem. Esta não parece uma tarefa fácil depois de o documento já ter sido alvo de críticas dos deputados. A votação determinante acontece já este sábado.
Por outro lado, a época de apresentação de resultados já arrancou e os números não estão a convencer. As francesas Danone e Renault estão a afundar depois de terem cortado as suas estimativas de resultados.
Por cá,o PSI-20 também cede depois de três sessões no verde. A travar o índice nacional estão sobretudo o banco BCP e as representantes do setor do papel, Navigator, Altri e Semapa.
Juros turcos afundam com sanções fora do radar
Os juros das obrigações turcas a dez anos caem 21,5 pontos base para os 6,841%, a maior queda desde 12 de setembro. A motivar o alívio está o anúncio da parte dos Estados Unidos de que não irá impor sanções económicas à Turquia depois de o país ter concordado em cessar-fogo temporariamente no norte da Síria.
Por cá, os juros para as obrigações com a mesma maturidade agravam-se 2,1 pontos base para os 0,195%, seguindo a mesma tendência da referência alemã, que avança 1,8 pontos base para os -0,392%.
Libra soma há três semanas
A moeda britânica segue hoje, que é a véspera da votação do acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), a ceder 0,14% para os 1,2873 dólares. Desta forma, a divisa afasta-se dos máximos de 5 meses que atingiu na sessão anterior. Contudo, numa semana em que se tornou alta a esperança de que fosse alcançado um acordo que garantisse a saída ordeira da UE, a moeda britânica conseguiu registar uma subida acumulada de 1,63%, contabilizando a terceira semana consecutiva no verde.
Já a moeda única europeia segue com quebras muito modestas em torno da liha-de-água: desce 0,01% para os 1,1124 dólares.
Petróleo perde na semana
O barril de Brent, negociado em Londres e referência para Europa, segue com uma queda de 0,15% para os 59,82 dólares. A matéria-prima deverá, desta forma, terminar a semana com uma perda de 1,17%. Apesar de os Estados Unidos e a China terem anunciado que chegaram a um acordo parcial que marca um passo mais definitivo no caminho para um entendimento comercial, parece que até este primeiro passo vai ser difícil de ser fechado com sucesso. A parte chinesa, sobretudo, veio refrear os ânimos após o anúncio.
Níquel a caminho das maiores perdas semanais desde 2017
O níquel deverá fechar a semana com a maior quebra acumulada desde março de 2017. Este metal precioso segue inalterado nos 16.280 dólares por tonelada, mas, olhando para o conjunto dos últimos 5 dias, as perdas são de 7,2%. O abrandamento do crescimento na China está a pesar na procura do metal.