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Farfetch prepara estreia na bolsa americana

A empresa de venda de artigos de luxo já terá contactado o JPMorgan e o Goldman Sachs para desenvolverem a operação, avança o Financial Times este sábado.

Bruno Simão/Negócios
Negócios 10 de Março de 2018 às 12:37
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A Farfecth, empresa de artigos de luxo fundada e liderada por José Neves (na foto), contratou o JPMorgan e o Goldman Sachs para avançarem com a sua oferta pública inicial (IPO) nos Estados Unidos, este ano, noticia o Financial Times. Esta decisão surge depois da parceria assinada com um grupo do Médio Oriente.

 

A empresa é uma das poucas tecnológicas europeias avaliada, neste momento, em mais de mil milhões de dólares, sublinha o Financial Times. E o IPO é mais um passo do crescimento acelerado da Farfetch. Fontes próximas do processo, citadas pelo jornal, adiantam que a empresa com sede em Londres pretende ir para a bolsa depois de ter alcançado um acordo de distribuição com a britânica Burberry e de ter desenvolvido iniciativas digitais com a francesa Chanel. 

 

Além disso, este movimento, que já era esperado, ocorre algumas semanas depois de a suíça Richemont, que detém a Cartier e Chloé, ter feito uma oferta pela Yoox Net-a-Porter, que é a maior retalhista online de artigos luxo do mundo ao nível de vendas.

 

Os últimos resultados conhecidos da empresa, relativos a 2016, revelaram prejuízos antes de impostos de 35,4 milhões de libras (39,8 milhões de euros) e receitas de 151,3 milhões de libras (170 milhões de euros). A Yoox Net-a-Porter,que é a sua principal concorrente, anunciou, esta semana, que obteve um lucro de 51 milhões de euros e receitas de 2,1 mil milhões de euros, no ano passado.

 

Os analistas estimam que a Farfetch procure, com a sua estreia em bolsa uma avaliação próxima à da YNAP, que inclui os sites Net-a-Porter e Mr Porter, e tem um valor de mercado de cinco mil milhões de euros. Juntamente com a Yoox Net-a-Porter e a a MatchesFashion, a Farfecth é uma das três principais empresas de comércio online de artigos de luxo. Actualmente, envia os seus artigos para 190 países.

 

"Ainda que muitas retalhistas digitais tenham sido lançadas na última década, muito poucas foram capazes de ganhar escala", sublinhou Randal Konik. O analista da Jefferies sublinhou, num relatório de Fevereiro, citado pelo Financial Times, que a "Farfetch é uma das poucas que escalou significativamente".

 

Tanto a Farfetch como o JPMorgan e o Goldman Sachs recusaram comentar esta informação, revela o Financial Times. Desde o início do ano, 35 empresas fizeram a sua estreia no mercado accionista norte-americano, com operações que rondaram os 12 mil milhões de dólares (9,7 mil milhões de euros), o valor mais elevado desde 2000.

 

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