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Famílias colocam mais 136 milhões nos bancos em setembro. É a maior subida desde março de 2021

As famílias colocaram nos bancos mais 136 milhões de euros em depósitos em setembro, para um total de 188,5 mil milhões. O montante alocado em depósitos a prazo mais do que compensou a redução de mil milhões de euros das responsabilidades à vista.

Graças ao setor bancário, o crescimento dos dividendos na Europa ultrapassou qualquer outra região.
Thierry Roge/Reuters
25 de Outubro de 2024 às 11:33
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As famílias colocaram mais 136 milhões de euros em depósitos em setembro, para um total de 188,5 mil milhões. Em termos anuais, este montante representa uma subida de 8%, a mais expressiva desde março de 2021, de acordo com os dados disponibilizados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

Ainda assim, o montante registado em setembro ainda fica ligeiramente distante do máximo histórico de 189 mil milhões de euros alcançado em julho. 

Esta variação resultou do aumento de 1,1 mil milhões de euros dos depósitos a prazo (que incluem os depósitos com prazo acordado e os depósitos com pré-aviso), que mais do que compensou a redução de mil milhões de euros das responsabilidades à vista.

Também o "stock "de depósitos das empresas cresceu em termos homólogos, em concreto 1,5%, mas recuou 1,4 mil milhões, numa análise em cadeia, para um total de 65,1 mil milhões.

Por outro lado, os empréstimos concedidos a particulares aumentaram, tendo o crédito concedido para compra de casa crescido  472 milhões relativamente a agosto, totalizando 100,8 mil milhões de euros no final de setembro, o valor mais elevado desde fevereiro de 2015.

Já relativamente ao mês homólogo, o crescimento foi de 1,7%, mantendo-se a trajetória de aceleração que se regista desde janeiro de 2024.

O montante de empréstimos ao consumo e outros fins aumentou 178 milhões de euros relativamente a agosto, para 30,1 mil milhões de euros.

Em relação a setembro de 2023, cresceu 5,9%, a maior taxa de variação anual registada desde novembro de 2018. A finalidade de consumo foi a que apresentou maior dinamismo, com uma taxa de variação anual de 7,7%, enquanto os empréstimos para outros fins apenas cresceram 2,7%.

Já o "stock" do crédito pessoal aumentou 134 milhões de euros para 12,5 mil milhões. Face ao mês homólogo registou-se uma subida de 7,1%. 

O crédito automóvel atingiu 8,2 mil milhões de euros, mais 84 milhões de euros do que em agosto, e uma taxa de variação anual de 9,2%. Por último, os cartões de crédito, apesar de representarem um valor bastante inferior, na ordem dos 3,2 mil milhões de euros, registaram a maior taxa de variação anual (10,6%) destas tipologias de empréstimos.  No total, o montante total de empréstimos contraídos pelas famílias subiu 2,6%. 

Por sua vez, o "stock" de empréstimos contraídos pelas empresas subiu 83 milhões de euros, face a agosto, para 72,3 mil milhões. Em termos homólogos, o crescimento foi de 0,4%, a maior taxa de variação anual desde dezembro de 2022.

As grandes empresas e as microempresas mantiveram taxas de variação anual positivas (0,8% e 7,1%, respetivamente), enquanto as pequenas e médias empresas continuaram a registar taxas negativas de -2,5% e -5,1%, respetivamente.

Entre os vários setores as indústrias e eletricidade e o setor do comércio, transportes e alojamento apresentaram  taxas de variação anual negativas de -2,2% e -1,0%, respetivamente. Por outro lado, no setor da construção e atividades imobiliárias, a taxa de variação anual foi positiva, em concreto de 4,2%.

(Notícia atualizada às 11:52 horas)

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