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Famílias tiram 700 milhões dos depósitos em agosto

As famílias retiraram dos bancos 700 milhões de euros em agosto para um "stock" total dos depósitos de 188,3 mil milhões de euros.

O Governo revogou normas que dificultavam o regime de reinvestimento de mais valias da venda da casa de habitação própria.
Sérgio Lemos
26 de Setembro de 2024 às 11:15
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As famílias retiraram dos bancos 700 milhões de euros em agosto para um "stock" total dos depósitos de 188,3 mil milhões de euros, segundo os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

Este movimento acontece depois de em julho, as famílias terem colocado dinheiro nas instituições financeiras ao ritmo mais elevado desde maio de 2021, tendo atingido o máximo histórico de 189.017 milhões de euros, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.

 "Esta variação resulta da redução de 1,7 mil milhões de euros de responsabilidades à vista, compensada parcialmente pelo aumento de mil milhões de euros dos depósitos a prazo", explica a instituição.

Apesar da redução dos depósitos de particulares, a respetiva taxa de variação anual voltou a acelerar, tendo-se fixado em 7,8%, mais 0,6 pontos percentuais do que em julho.

O Banco de Portugal explica que este movimento resulta "da redução registada em agosto de 2024, que é sazonal, ter sido menor do que a verificada em agosto de 2023". Por sua vez, o "stock" de depósitos das empresas nos bancos registou um aumento de 2,8 mil milhões de euros -o maior aumento desde setembro de 2010 - para 66,5 mil milhões. Em termos homólogos, esta subida foi de 1%. 

Já o montante total de empréstimos concedidos às famílias cresceu 2,2%, em termos homólogos. O "stock" deste tipo de crédito totalizou cerca de 100 mil milhões de euros, o montante mais elevado desde abril de 2015 e variação mensal mais expressiva desde dezembro de 2021. Em termos anuais, o crédito à habitação cresceu 1,2%.

Além disso, a  taxa de variação anual registada para estes empréstimos em Portugal ficou acima da taxa média da Zona Euro pela primeira vez desde novembro de 2010. No entanto, Portugal foi, entre os países com taxa de variação anual positiva um dos que apresentaram um crescimento mais baixo do "stock" de empréstimos para habitação. No conjunto da Zona Euro, os empréstimos para habitação cresceram, em termos anuais, 0,6%.

Já o "stock" de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas chegou aos 72,3 mil milhões de euros, menos 637 milhões do que no final de julho. Em termos homólogos, o crescimento foi nulo.

Numa análise por dimensão, as grandes empresas e as microempresas mantiveram taxas de variação anual positivas (2,1% e 5,7%, respetivamente), enquanto as pequenas e médias empresas continuaram a registar taxas negativas, com quebras de 2,8% e de 5,4%,

Por setor de atividade, indústrias e eletricidade e o setor do comércio, transportes e alojamento apresentaram, em agosto, taxas de variação anual negativas de -1,7% e -1,6%, respetivamente. Pelo contrário, no setor da construção e atividades imobiliárias, a taxa de variação anual foi positiva.

(Notícia atualizada às 11:38 horas).

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