Desde o início do ano que a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo a particulares tem descido e situou-se em 2,57% em agosto, uma queda face aos 2,63% registados no mês anterior. O montante de novas operações também desceu em 995 milhões, totalizando 11.564 milhões em agosto, depois de em julho ter atingido o valor mais elevado da série histórica, cujo início data de janeiro de 2003.

"Apesar desta redução, o montante de novas operações manteve-se elevado, o que resulta, em grande medida, da reaplicação em novos depósitos a prazo de montantes anteriormente aplicados em depósitos deste tipo, e que atingiram a maturidade em agosto sem renovação automática", explicou o Banco de Portugal na nota estatística publicada esta quarta-feira.

A remuneração média mais elevada registou-se nos novos depósitos com prazo até um ano - 97% do total de novos depósitos no último mês -, em que o juro foi de 2,58%. Já nos depósitos a prazo de um a dois anos, a taxa foi de 2,23%. Em sentido contrário às restantes maturidades, os novos depósitos a mais de dois anos aumentaram para 2,11%.

"A taxa de juro média dos novos depósitos do conjunto dos países da área do euro diminuiu 0,04 pp (uma queda inferior à verificada em Portugal), fixando-se em 2,96%". Portugal paga o quinto juro mais baixo nos depósitos, detalha o supervisor.

Já a taxa de juro dos novos depósitos a prazo de empresas desceu para 3,07% em agosto, menos 0,03 pontos percentuais do que em julho. As novas operações totalizaram 5.862 milhões de euros, o que representa uma queda de 1.709 milhões face ao último mês.

À semelhança dos particulares, também os depósitos a prazo até um ano foram os privilegiados e representaram 99% dos novos depósitos, com uma taxa de juro média de 3,07%, o que compara com 3,42% na Zona Euro.