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Europa entre as regiões mais atractivas para realizar fusões e aquisições

A Europa Ocidental é a terceira região mais atractiva do mundo para realizar fusões e aquisições nos próximos 18 meses, segundo 41% dos 670 executivos de topo inquiridos no estudo "Fusões e Aquisições Internacionais: riscos e oportunidades" que a Marsh, a

07 de Maio de 2008 às 11:05
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A Europa Ocidental é a terceira região mais atractiva do mundo para realizar fusões e aquisições nos próximos 18 meses, segundo 41% dos 670 executivos de topo inquiridos no estudo "Fusões e Aquisições Internacionais: riscos e oportunidades" que a Marsh, a Mercer e a Kroll (empresas do Grupo MMC) elaboraram com a colaboração do Economist Intelligence Unit.

Em relação a Portugal, "embora até à data não se tenha registado crescimento nesta área em 2008, com a crescente competitividade dos mercados é necessário intensificar a opção por fusões e aquisições como mecanismo de consolidação da posição das empresas nos seus respectivos sectores", segundo Marina Azevedo, coordenadora da Área de Responsabilidades da corretora de seguros e consultora de riscos Marsh.

Para os executivos entrevistados, a China, a Índia e o Sudeste Asiático são os destinos mais atractivos. "Na realidade, 57% deste interesse potencial é descrito como importante ou muito importante, apesar de investir nestas regiões ser quase tão arriscado como fazê-lo em África", salienta o estudo.

A segunda região mais atractiva para realizar fusões e aquisições é a América do Norte, na opinião de 43% dos executivos entrevistados em todo o mundo, seguida de muito perto pela Europa Ocidental.

Neste "ranking" das fusões e aquisições, a Europa Oriental (31%), a América Latina (29%), o Médio Oriente (27%), a Austrália, o Japão e a Coreia do Sul (25%) são os eleitos que se seguem. Quanto a África, apenas é considerada como um bom destino para fusões e aquisições por 19% dos inquiridos.

Em relação ao Velho Continente, 44% dos inquiridos demonstrou interesse ou muito interesse em investir na Europa do Leste. Segundo o estudo, esta região é considerada por muitos como uma das áreas com mais oportunidades de investimento. "A confiança nesta região é maior entre as multinacionais e as empresas nacionais que contemplam a possibilidade de investir. No entanto, um conjunto de questões importantes, como a fiabilidade do sistema judicial ou a influência da política nas operações, requerem uma maior atenção se a Europa Oriental quiser ter um perfil de risco similar aos dos seus vizinhos da União Europeia e de outros países desenvolvidos", refere o estudo nas suas conclusões.

Entre os factores de risco identificados na China, na Índia e no Sudeste Asiático destacam-se as práticas de negócio duvidosas, bem como os problemas de propriedade intelectual e os recursos financeiros que são insuficientes. Os executivos, entrevistados no início do ano, atribuíram à China, à Índia e ao Sudeste Asiático um risco médio de 5,3 (segundo uma escala de 1 a 8 de riscos críticos).

O risco médio no Continente Africano é de 5,5, na América Latina de 3,8, no Médio Oriente de 3,5, na Europa Oriental de 2,8, na América do Norte de 2,1 e na Europa Ocidental de 1,9. A região da Austrália, Japão e Coreia do Sul é considerada o lugar menos arriscado para investir, com um risco médio de apenas 1,6.

Espanha escolhe novos destinos

Em relação a Espanha, "tomámos nota que o processo de globalização da actividade de fusões e aquisições não tem sido alheio às empresas espanholas. A preferência pelos países latino-americanos como destino para os investimentos espanhóis que se manifestou há alguns anos atrás, foi prorrogado para novos territórios como a China, a Índia e América do Norte, em sintonia com as tendências actuais do sector em países à nossa volta", explica em comunicado Fernando Claro, responsável pelo departamento de Fusões e Aquisições e Capital de Risco da Marsh em Espanha.

"No Japão, as fusões e as aquisições saltaram para a ribalta depois de o governo ter suavizado mais os regulamentos relacionados com os investimentos estrangeiros. Nas chamadas fusões triangulares, a lei permite actualmente às empresas de capital estrangeiro investir em empresas japonesas através de intercâmbios com as empresas filiais dessas empresas", refere o estudo. Esta situação é ainda mais beneficiada pelas baixas taxas de juro do país que, em conjunto com as favoráveis condições financeiras, se traduzem num maior atractivo para os investidores estrangeiros.

"À medida em que os negócios se globalizam e aumentam o número de operações transfronteiriças, a análise e a gestão de riscos assume uma maior importância" afirma Bruce Goslin, CEO da Kroll no mercado ibérico. "Embora este tipo de operações crie incertezas, existem também grandes oportunidades para aqueles que desejem assumir riscos calculados. É por isso crucial determinar o verdadeiro impacto desses riscos, o que exige conhecimentos especializados que apenas detém um especialista com um sólido conhecimento dos procedimentos de ‘due diligence’ e da cultura de riscos locais", sublinha.

As questões relacionadas com a cultura corporativa e a integração do capital humano são consideradas como os dois temas mais importantes a fazer frente por parte dos inquiridos, segundo a sua experiência em operações anteriores (50% e 35%, respectivamente).

Uma outra conclusão-chave do estudo é a de que as pequenas e médias empresas esperam mais das fusões e aquisições do que as grandes empresas. Assim, as empresas com rendimentos anuais inferiores a 500 milhões de dólares esperam que o contributo das fusões e aquisições para o seu negócio duplique, de 9% para 18%, enquanto as grandes empresas –com rendimentos acima dos 10.000 milhões de dólares – esperam um tímido retrocesso, de 14% para 13%.

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