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Europa e EUA são as principais apostas dos gestores de fundos

Com os mercados desenvolvidos a registarem ganhos de apenas um dígito nos anos que se seguiram à "bolha" especulativa, os gestores de fundos procuraram novos destinos para os seus investimentos. As economias emergentes passaram então a ser consideradas ru

02 de Novembro de 2006 às 07:10
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Com os mercados desenvolvidos a registarem ganhos de apenas um dígito nos anos que se seguiram à "bolha" especulativa, os gestores de fundos procuraram novos destinos para os seus investimentos. As economias emergentes passaram então a ser consideradas rumo necessário para potenciar os retornos das carteiras.

Mas com as recentes subidas dos índices accionistas dos mercados desenvolvidos, parece ter deixado de ser tão necessário incorrer nos elevados riscos dos países emergentes para maximizar os ganhos dos fundos. As acções norte-americanas e europeias são hoje a principal aposta.

O Citigroup é uma das instituições internacionais mais optimistas para os mercados desenvolvidos. Num estudo divulgado este mês, o Citigroup aumentou as suas estimativas para a valorização das acções dos EUA até ao final do próximo ano para 10%, enquanto que subiu as previsões para a Europa para 14%.

Na origem desta posição optimista para as duas regiões, estão as boas estimativas para a economia norte-americana. Apesar da forte valorização para valores históricos, como é o caso do índice Dow Jones, o Citigroup considera a avaliação das acções americanas "justa e atractiva". Ao mesmo tempo, a inflação está a tornar-se um problema cada vez menor, e o cenário de recessão parece cada vez mais afastado.

Quanto às outras regiões do globo, o Citigroup mantém a recomendação de "neutral" para o Japão, com uma perspectiva de retornos entre 5% e 9%. E reitera ainda a recomendação de "underweight" para os mercados emergentes.

A menor popularidade das acções das economias emergentes junto dos gestores de fundos foi confirmada este mês por um inquérito realizado pela Merrill Lynch a 210 gestores internacionais, incluindo portugueses.

Pela primeira vez em cinco anos, este inquérito indicou que os gestores de fundos recomendam a venda de acções emergentes.

Apesar do maior pessimismo para os mercados emergentes, são estas as regiões que registam as rendibilidades mais elevadas dos fundos comercializados em Portugal. De acordo com a Standard & Poor"s, a China é a região que apresenta o melhor desempenho desde o início do ano, com ganhos de 37,1%, seguindo-se a Indonésia (33,57%) e Singapura (28,98%).

Em termos sectoriais, as apostas dos gestores são mais diversificadas, consoante a política dos fundos. A estratégia de alocação do Citigroup incide sobre as empresas do sector de "software", banca e biotecnologia, que considera terem o maior potencial de crescimento durante os próximos meses.

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