Notícia
Europa pode reforçar impostos sobre "Big tech" dos EUA para aumentar receitas
As maiores tecnológicas de Sillion Valley, como a Google, o Facebook ou a Amazon, podem ver os impostos aumentarem no continente europeu, como forma de aumentar as receitas para combater a atual crise económica.
A União Europeia pode reforçar os impostos pagos pelas gigantes tecnológicas de Wall Street, como forma de angariar mais receita para almofadar o impacto económico causado pela covid-19, segundo avança hoje a CNBC, citando três analistas especialistas na matéria.
Depois de os países não terem conseguido chegar a um consenso quanto ao imposto digital conjunto no ano passado, agora o tema volta à baila, numa altura em que os Estados-membros precisam de gerar receitas. No ano passado, França optou por avançar sozinha com os impostos sobre as multinacionais norte-americanas, o que causou um desentendimento comercial com os Estados Unidos.
"Vemos as negociações sobre impostos digitais a avançar de forma célere na Europa, onde a ambição de usar o orçamento da UE para financiar a recuperação económica após o impacto do novo coronavírus pode fazer com que Bruxelas se interesse cada vez mais pela base tributária potencial do comércio eletrónico e digital", diz David Livingston, analista da Eurasia Group, à CNBC.
Após esta pandemia, é provável que as "Big tech" de Wall Street fiquem ainda maiores, em termos de capitalização bolsista, uma vez que o confinamento decretado pelos governos em todo o mundo, alimentaram a necessidade do uso de tecnologia. Assim, em 2020, as cotadas que compõem o grupo das FAANG (Facebook, Amazon, Apple, Netflix e Google) e a Microsoft veem a sua cotação em bolsa subir, contrastando com o desempenho no acumulado do ano do índice S&P 500 (-10%).
Se o primeiro trimestre deste ano está a ser de má memória para grande parte das empresas dos Estados Unidos, esse cenário parece passar ao lado do setor tecnológico. Boa parte das cotadas do grupo das chamadas FAANG (Facebook, Apple, Amazon, Netflix e Google/Alphabet) conseguiu registar um aumento de cerca de dois dígitos nas receitas e em igual proporção nos lucros.
A OCDE adiou a meta de alcançar um plano tributário digital de julho para outubro e disse no início deste mês que esse plano poderia ser realizado de forma faseada, com aumentos progressivos nos impostos a prolongarem-se até 2021.
A Comissão Europeia disse que vai reativar as negociações, caso não haja acordo na OCDE este ano. A mesma instituição disse anteriormente que as empresas digitais pagam em média uma taxa efetiva de imposto de 9,5% na UE - em comparação com 23,2% para empresas tradicionais.
Depois de os países não terem conseguido chegar a um consenso quanto ao imposto digital conjunto no ano passado, agora o tema volta à baila, numa altura em que os Estados-membros precisam de gerar receitas. No ano passado, França optou por avançar sozinha com os impostos sobre as multinacionais norte-americanas, o que causou um desentendimento comercial com os Estados Unidos.
Após esta pandemia, é provável que as "Big tech" de Wall Street fiquem ainda maiores, em termos de capitalização bolsista, uma vez que o confinamento decretado pelos governos em todo o mundo, alimentaram a necessidade do uso de tecnologia. Assim, em 2020, as cotadas que compõem o grupo das FAANG (Facebook, Amazon, Apple, Netflix e Google) e a Microsoft veem a sua cotação em bolsa subir, contrastando com o desempenho no acumulado do ano do índice S&P 500 (-10%).
A Amazon está a subir cerca de 30% este ano, enquanto a Netflix escala quase 40%, depois de ter renovado máximos históricos. A Microsoft sobe 20%, enquanto Facebook, Apple e Google ganham cerca de 5%. Outra das estrelas do isolamento social foi a Zoom, que sozinha chegou a valer mais do que as sete maiores empresas de aviação cotadas do mundo.
Se o primeiro trimestre deste ano está a ser de má memória para grande parte das empresas dos Estados Unidos, esse cenário parece passar ao lado do setor tecnológico. Boa parte das cotadas do grupo das chamadas FAANG (Facebook, Apple, Amazon, Netflix e Google/Alphabet) conseguiu registar um aumento de cerca de dois dígitos nas receitas e em igual proporção nos lucros.
A OCDE adiou a meta de alcançar um plano tributário digital de julho para outubro e disse no início deste mês que esse plano poderia ser realizado de forma faseada, com aumentos progressivos nos impostos a prolongarem-se até 2021.
A Comissão Europeia disse que vai reativar as negociações, caso não haja acordo na OCDE este ano. A mesma instituição disse anteriormente que as empresas digitais pagam em média uma taxa efetiva de imposto de 9,5% na UE - em comparação com 23,2% para empresas tradicionais.