A bolsa nacional negociava quase inalterada, com a recuperação das acções da Portugal Telecom a ajudarem o PSI-20 a anular uma queda máxima de 0,3%. Pelo mercado passaram pouco mais de 18 milhões de euros.

O PSI-20 [PSI20] deslizava 0,01% a marcar 7.319,67 pontos, numa altura em que as restantes bolsas na Europa perdiam entre 0,2% a 0,6%.

O facto de ser o sector dos semicondutores, sem representação na Euronext Lisbon, a pressionar os outros mercados europeus, poderá ser uma das explicações para a bolsa nacional não estar a acompanhar a dimensão das quedas lá fora.

O índice nacional esteve hoje a desvalorizar um máximo de 0,3% e chegou a registar uma valorização de 0,05%. Segundo um operador do BCP Investimento, «a liquidez deverá manter-se reduzida, com muitos investidores ausentes do mercado a aproveitarem o feriado de ontem para fazerem ponte. O facto de Wall Street estar encerrada (luto nacional pela morte de Ronald Reagan) também deverá penalizar a liquidez».

A duas horas e meia para o fecho do mercado, as empresas do PSI-20 movimentavam 18,3 milhões de euros, contra os 34 milhões de euros do dia anterior, que tinha sido o segundo menos líquido do ano.

A Portugal Telecom [PTC] que já esteve a perder 0,45%, negociava agora em subida de 0,57% a marcar 8,89 euros, liderando a liquidez com 1,25 milhões de acções movimentadas.

A operadora beneficiava de um estudo do Crédit Suisse First Boston (CSFB) que, apesar de não alterar a avaliação da empresa, reviu em alta as estimativas de receitas.

A PT Multimédia (PTM) [PTM], detida em 58% pela PT, aumentava 0,29% para 17,30 euros. A empresa disse que a Lusomundo Media não é um activo estratégico e se receber uma proposta de venda terá de olhar para ela.

A Espírito Santo Research considera a Cofina [COFI] e a Impresa [IPR] como as candidatas a uma eventual compra.

A empresa liderada por Paulo Fernandes caía 0,33% para 2,99 euros e a liderada por Francisco Pinto Balsemão recuava 1,29% a marcar 3,84 euros.

O Banco BPI [BPIN] e Electricidade de Portugal (EDP) [EDP] eram os dois papéis que mais pressionavam o índice, em queda de 1% para 2,98 euros e 0,45% para 2,23 euros. A eléctrica nacional, uma das emitentes com maior número de accionistas individuais, ainda não movimentou mais de 500 mil títulos.

A Sonae SGPS [SON] conservava uma valorização de 1,18% a marcar 0,86 euros e a unidade Sonaecom [SNC] somava 0,33% a negociar nos 3,02 euros. António Casanova, presidente executivo da Optimus, principal activo da empresa, disse hoje que vai rever em alta a estimativa de margem EBITDA para este ano.