A bolsa nacional seguia a valorizar, com as subidas da Portugal Telecom (PT) e da Electricidade de Portugal (EDP) a impulsionarem o índice de referência nacional e a queda do Banco Comercial Português (BCP) a limitarem os ganhos. O PSI-20 avançava 0,16%.

O PSI-20 [PSI] cotava nos 7.263,82 pontos, com 11 acções a valorizarem, seis em queda e três inalteradas. «A bolsa nacional segue o resto da Europa, a recuperar tecnicamente das perdas da semana passada. Mas as ‘blue chips’ portuguesas não têm notícias a sustentar a evolução», referiu Filipe Silva da LJ Carregosa.

Lá fora, o DJ Stoxx 50 seguia a apreciar 1,09%, o Ibex madrileno avançava 1,57%, o FTSE londrino valorizava 0,59%, o CAC francês somava 0,91% e o Dax crescia 1,65%. No cenário de subidas, a excepção vai para a praça de Milão, que segue a recuar 0,72%, penalizada pelo facto de mais de 50 cotadas iniciarem hoje a negociação em ex-dividendos.

A Portugal Telecom [PTC] somava 0,24% para os 8,48 euros, a negociar pouco mais de um milhões de títulos, a reflectir o facto da PT Inovação ter ganho à Telefónica o contrato na Vivo. A PT Inovação vai unificar toda a rede de pré-pagos no Brasil, agora que as operadoras naquele mercado estão concentradas na «holding», revela o Jornal de Negócios na sua edição de hoje.

A Electricidade de Portugal (EDP), [EDP] seguia a apreciar 0,45% para os 2,22 euros, sendo, no momento, a cotada do PSI-20 a registar a maior liquidez, com mais de 3,4 milhões de acções a mudarem de carteiras. Num estudo datado de 20 de Maio, a Morgan Stanley reviu em alta o preço-alvo para a eléctrica nacional, de 2,60 euros para 2,70 euros e revelou que a EDP pode encaixar 1,8 mil milhões de euros com o fim dos contratos de aquisição de energia.

Na banca, o Banco Comercial Português [BCP] recuava 0,52% para os 1,93 euros, com pouco mais de 1,2 milhões de acções negociadas. O Banco BPI [BPIN] descia 0,33% para os 3,03 euros e o Banco Espírito Santo [BESNN] somava 0,22% para os 13,73 euros.

A ParaRede [PAD] perdia 2,63% para os 0,37 cêntimos, com mais de 2,6 milhões de papéis negociados. Filipe Silva confirmou ao Canal de Negócios que a elevada liquidez está relacionada «com a negociação de direitos, com muitos investidores a aproveitarem as oportunidades pontuais de arbitragem entre o preço das acções e dos direitos».

Nas «small caps», a Soares da Costa destacava-se com uma subida de 2,35% para os 3,05 euros. O especialista da LJ Carregosa refere que o entusiasmo pelo papel está relacionado com as notícias veiculadas na semana passada, que davam conta de interesses espanhóis no título português.