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Euronext Lisbon em contraciclo com Europa; PSI20 avança 0,51%

A Bolsa nacional beneficiava da valorização do Banco Comercial Português para seguir numa tendência contrária às quedas que afectavam as principais praças Europeias.

23 de Setembro de 2003 às 13:08
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A Bolsa nacional beneficiava da valorização do Banco Comercial Português para seguir numa tendência contrária às quedas que afectavam as principais praças Europeias.

A valorização de 0,51% do PSI-20 era no entanto condicionada pela Cimpor que ontem apresentou resultados.

O PSI20 [PSI20] cotava nos 6.102,8 pontos, com seis acções a valorizarem, oito em queda e as restantes seis inalteradas.

«A sessão está calma, com pouca liquidez» referia Hugo Martins da Probolsa. «Está tudo à espera da abertura dos mercados americanos. Esta queda parece uma correcção técnica, ajudada pela quebra do dólar», concluiu a mesma fonte.

O Banco Comercial Português (BCP) [BCP] avançava 1,75% para 1,74 euros. O banco liderado por Jardim Gonçalves beneficiava dos rumores em torno da alienação da Seguros e Pensões. Ontem, o maior banco privado português divulgou a venda do segmento de corretagem de seguros, a empresa Solução, ao actual presidente da companhia.

A Portugal Telecom [PTC] recuperava das perdas do início da sessão e seguia inalterada nos 6,83 euros. A Moody’s reiterou o «rating» de A3 para a dívida sénior de longo-prazo não securitizada da operadora e apostou na continuação de um «outlook» estável. A manutenção das recomendações surge na sequência do programa de compra de acções próprias anunciado pela PT e que prevê a compra de até 10% do capital.

A Electricidade de Portugal (EDP) [EDP] valorizava 0,52% para 1,93 euros. A Iberdrola terá avaliado os activos do negócio do gás da Galp Energia em 1,45 mil milhões de euros, um valor que se encontra próximo dos 1,5 mil milhões atribuídos ao negócio por Ferreira do Amaral, noticiou ontem o «Expansión».

A EDP, que irá controlar da distribuição de gás da Galp Energia no âmbito do processo de reestruturação do sector, já afirmou considerar a avaliação exagerada.

Segundo a corretora BigOnline, «depois das afirmações por parte da EDP em como pretendia vender a posição de 3% que detém na Iberdrola, esta notícia poderá trazer algum desconforto adicional nas relações entre as duas empresas». No entanto, o BPI «não espera grandes reacções à notícia».

Em Portugal também foram divulgadas novas notícias sobre a EDP, dando origem a um elevado fluxo de notícias. O «Público» anunciou que a empresa liderada por João Talone terá acordado a aquisição dos 8% que a Iberdrola detinha na ONI Way, a última posição que ainda estava na posse dos parceiros. Esta compra garante a extinção da unidade móvel da eléctrica nacional.

No Brasil, a Bandeirante, distribuidora de energia controlada pela EDP, vai vender 180 milhões de reais (54 milhões de euros) em dívida local durante esta semana, de modo a pagar dividas que estão a atingir a maturidade e a aumentar o seu capital. A emissão pagará mais está indexada à taxa CDI (taxa inter-bancária «overnight»), pagando um «spread» adicional de 2,3%.

O BPI considera esta medida «ligeiramente positiva» pois permite à companhia aproveitar a queda de 6,5 pontos percentuais da taxa de juro verificada desde Maio. A Bandeirante pode poupar 20% em encargos financeiros com a da nova emissão, segundo estimativas do responsável financeiro da empresa.

A Cimpor [CIMP] era a principal responsável pela limitação dos ganhos ao perder 0,86% para 3,47 euros. A cimenteira registou lucros de 90,3 milhões de euros no primeiro semestre de 2003, um crescimento de 1,5% face aos 89 milhões de euros de resultados líquidos verificados no primeiro semestre do ano anterior. O volume de negócios da Cimpor teve uma quebra de 5,1%, dos 689,5 milhões de euros para 654,3 milhões de euros.

Face à quebra dos indicadores de actividade, a melhoria dos lucros apresentados ficou a dever-se a resultados financeiros e extraordinários, avançou o BPI.

O júri do concurso para a privatização da Portucel efectuou ontem audiências prévias com os dois candidatos à Portucel para apresentação de um projecto de relatório. Este projecto recomenda que o consórcio Cofina/Lecta vença a privatização da papeleira portuguesa, em detrimento da finlandesa M-Real.

«Tendo em conta que o valor dos activos subjacentes à proposta da Cofina/Lecta se encontra mais perto do valor do aumento de capital da Portucel (400 milhões de euros), bem como a preferência demonstrada pela Portucel na passada semana relativamente a esta proposta, esta é uma decisão que já era esperada não sendo de prever impacto no preço das acções da Portucel», referiu a corretora BigOnline na sua nota diária.

A Cofina seguia inalterada nos 2,36 euros enquanto a Portucel desvalorizava 0,77% para 1,29 1,3 euros.

A Impresa [ipr] cedia 0,73% para 2,72 euros. Segundo a Associação Portuguesa de Agências Publicitárias, o investimento em publicidade cresceu 3,5% até Julho, face ao período homólogo do ano anterior. No segmento televisivo, o aumento ascendeu a 7,5%. O BPI considera os dados divulgados positivos, uma vez que indiciam a manutenção da tendência verificado durante o primeiro semestre do ano.

O Banco BPI (BPI) [BPIN] ganhava 0,42% para2,41 euros, o Banco Espírito Santo (BES) [BESNN] cedia 0,16% para 12,78 euros e a Brisa [BRISA] cotava nos 5,07 euros a ganhar 0,4%.

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