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Euronext Lisbon acompanha quedas da Europa em manhã volátil
A bolsa nacional negociava em queda, mas menos intensa que restantes índices europeus, num dia em que as acções perdiam valor pressionadas por preocupações com novos atentados terroristas e pela queda da confiança do investidor alemão para 57,6 pontos con
A bolsa nacional negociava em queda, mas menos intensa que restantes índices europeus, num dia em que as acções perdiam valor pressionadas por preocupações com novos atentados terroristas e pela queda da confiança do investidor alemão para 57,6 pontos contra os 69,9 de Fevereiro, pelo terceiro mês consecutivo.
Em Lisboa, o BCP e PT lideravam as perdas e a EDP contrariava a tendência de mercado depois de ter perdido mais de 4% na sessão de ontem. O índice de referência nacional depreciava 0,02% numa manhã em que a volatilidade é a nota dominante.
O índice PSI-20 [PSI20] marcava 7.510,59 pontos com oito acções a subir, quatro inalteradas e oito em queda. Apenas dois títulos tinham tocado a em máximos de, pelo menos, 52 semanas e ambos fora do índice nacional: Lisgráfica e Grão Pará.
O Banco Comercial Português [BCP] (BCP) desvalorizava 1% para 1,98 euros, depois de ontem ter encerrado precisamente nos 2 euros. Os accionistas do Banco Comercial Português (BCP) aprovaram hoje, em assembleia-geral, a alteração dos estatutos que permitem a distribuição, por conta do exercício, no segundo semestre, de um montante máximo até 50% do dividendo com base nos resultados do primeiro semestre.
A Electricidade de Portugal [EDP] (EDP) seguia nos 2,31 euros a ganhar 1,76% depois de ontem a empresa liderada por João Talone ter depreciado mais de 4%. O ex-presidente da entidade reguladora do gás e da electricidade do Reino Unido, Charles Bankes, defendeu que a liberalização do mercado eléctrico na Europa não vai harmonizar os preços, porque haverá sempre preços regionais.
A ParaRede [PARA] liderava o volume da bolsa nacional com mais de oito milhões de acções transaccionadas e subtraía 1,85% à cotação de ontem, fixando-se nos 0,53 euros. Ontem a empresa liderada por Paulo Ramos e cujo maior accionista é o Banco Espírito Santo (BES) [BES] esclareceu ontem que tem sido dada toda a informação à Comissão dos Mercados de Valores Mobiliários (CMVM) sobre os novos contratos da empresa e que estes, por si só, não conferem um aumento de 5% das receitas da tecnológica. O BES seguia nos 14,13 euros, a ganhar 0,21%.
A Portugal Telecom (PT) [PTC] perdia 0,66% para 9,03 euros. O banco britânico HSBC recomendou aos investidores reduzir acções da Portugal Telecom, baixando a anterior recomendação de «adicionar» para «reduzir», mas manteve o preço-alvo inalterado nos 11,5 euros.
A Sonae [SON] seguia inalterada nos 0,94 euros. A empresa anunciou hoje que apurou um lucro de 114,5 milhões de euros no exercício de 2003, contra prejuízos de 56 milhões de euros no período homólogo. A empresa de Belmiro de Azevedo, que beneficiou de resultados extraordinários de 331 milhões de euros, propõe pagar um dividendo de 1,5 cêntimos por acção, num total de 28 milhões de euros.
Ontem foi o dia em que a Media Capital, empresa que controla a TVI, Rádio Comercial e Rádio Clube Português, informou o mercado que vai realizar a oferta pública inicial em 31 de Março definindo como intervalo de preço um mínimo de 4,25 euros e um máximo de 5,65 euros, o que avalia a operação entre os 250 e os 332 milhões de euros.
Acções europeias caem com preocupações terroristas e queda do índice de confiança alemão
As acções europeias perdiam valor, lideradas pelas quedas da Bayer, da Aegon e da Nokia, com preocupações de novos atentados terroristas virem prejudicar o crescimento económico e os lucros empresariais. Por outro lado, queda de confiança do investidor alemão pelo terceiro mês consecutivo também pressionava as bolsas europeias. O Dow Jones Stoxx 50 caía 0,52% para 2.635,14 pontos e os índices de referência perdiam mais de 4,5% em quatro dias.
Na Alemanha, o DAX [DAX] seguia a perder 0,58% para 3.788,74 pontos. A Bayer, segunda maior farmacêutica e detentora do fármaco aspirina, depreciava 2,8% para 20,35 euros.
Na Holanda, o AEX [AEX] seguia nos 333,93 pontos a desvalorizar 0,98%. A Aegon, a terceira maior seguradora europeia por prémios, descia 2% para 10,34 euros.
No Reino Unido, o FTSE [FTSE] marcava 4.396,80 pontos, a perder 0,36%. A Anglo American, a segunda maior empresa europeia de minas, caía 1% para 12,75 libras (18,70 euros).
Em França, o CAC-40 (CAC40) desvalorizava 0,51% para 3.555,58 pontos com os valores do BNP a contrariarem as descidas ao valorizarem 1,2% para 48,1 euros. A subsidiária do banco na Califórnia vai comprar a Community First, por 32,25 dólares por acção, um prémio de 15% face à cotação de fecho de segunda-feira.
Na vizinha Espanha, o IBEX-35 [IBEX] descia 0,31% para 7.675,10 pontos, na quarta sessão de bolsa desde os atentados de quinta-feira que vitimaram quase 200 pessoas. A Endesa caía 2,1% para 14,14 euros e a Inditex, detentora das marcas Zara e Máximo Dutti, contrariava as perdas ao ganhar 1,7% para 5,67 euros.