A bolsa nacional inverteu a tendência matinal, passando a acompanhar a Europa, condicionada pelo crescimento da PT. O BCP invertia a tendência de queda, depois da Fitch ter revisto em alta o «outlook» do banco. A travar os progressos do índice estava a EDP. O índice valorizava 0,07%.

O índice PSI-20 [PSI20] marcava 7.598,76 pontos, com nove acções a subir, cinco a descer e seis inalteradas. A Mota Engil era o único título da bolsa nacional a tocar em máximos, título que deixou hoje de negociar com direito ao dividendo de 5,5 cêntimos.

«O BCP a recebeu hoje uma boa notícia por parte da Ficth que reviu em alta o ‘Outlook’ do banco» afirmou Vasco Balixa da OK2Deal ao Canal de Negócios. O operador destacou também o indicador de confiança dos empresários alemães que subiu de forma inesperada em Abril e que «esteve repercussões no comportamento do euro».

A Electricidade de Portugal (EDP) [EDP] depreciava 0,42% para 2,39 euros, com quase três milhões de acções transaccionadas, um dia antes de entrar em ex-dividendo de nove cêntimos. Hoje, quatro consórcios vão entregar as suas propostas de compra das participações de 14,27% da EDP e de 33,34% da ENI na Galp. São eles a CVC Partners, Viacer, José de Melo e Carlyle. O Governo anunciou que a venda poderia ir até aos 45%, valor inferior à soma das duas participações.

Na banca, o Banco Comercial Português (BCP) [BCP] seguia inalterado nos 1,93 euros depois de ter estado a manhã a ser penalizado. A Fitch melhorou hoje o «outlook» para a dívida de longo prazo do BCP de «negativo» para «estável». A agência de notação financeira segue assim os passos de Standard & Poor’s que em meados de Março classificou também a dívida do BCP como «estável». A melhoria dos rácios de capital justifica as alterações, cerca de 12 meses depois do último aumento de capital.

O Banco BPI [BPIN] avançava 0,31% para 3,23 euros e o Banco Espírito Santo (BES) [BESNN] seguia inalterado nos 14,00 euros.

A Portugal Telecom (PT) [PTC] era a maior contribuinte em pontos para a evolução do índice e subir 0,43% para 9,32 euros. As acções da empresa entram amanhã em ex-dividendo de 22 cêntimos.

A Sonaecom [SNC], subsidiária da Sonae para o sector das tecnologias e que também integra o PSI-20, valorizava 1,60% para 3,17 euros com uma liquidez de 450 mil acções. Os analistas consideram que a aquisição da KPNQwest Portugal foi um bom negócio para a Sonaecom, pois o valor pago por esta empresa foi baixo e dará um contributo positivo para os resultados da operadora desde o primeiro ano.

A Teixeira Duarte [TXDE] cedia 0,86% para 1,15 euros, a Cimpor subia 0,68% para 4,43 euros e a Semapa, que seguia inalterada nos 4,00 euros. Joe Berardo, considerado por muitos como um «raider» do mercado nacional, voltou nas últimas semanas em força para se colocar no centro de um triângulo, nos vértices do qual estão a Teixeira Duarte, a Cimpor e Semapa. Para muitos, a relação entre as três poderá culminar numa oferta pública de aquisição (OPA).

A Semapa [SEMA] vai pagar o dividendo bruto de 10 cêntimos de euros por acção, referente ao exercício de 2003, a partir do dia 13 de Maio, informou hoje a empresa em comunicado. As acções da Semapa negoceiam pelo último dia com direito a dividendo no dia 7 de Maio, sendo que quem adquirir os títulos da empresa no dia 10 de Maio já não terá direito a remuneração.

A Impresa [IPR] seguia nos 4,23 euros a ganhar 0,48%. A empresa de Pinto Balsemão deverá anunciar hoje que registou resultados líquidos negativos de 2,2 milhões de euros no primeiro trimestre, menos 70% que no mesmo período de 2003, segundo as previsões dos analistas do Santander. O EBITDA terá crescido mais de 6 vezes.

A Jerónimo Martins ganhava 0,57% para 8,85 euros. A empresa que ainda liderada por Soares dos Santos, deverá formalizar nos próximos dias a aquisição de quatro supermercados à cadeia Monte Verde detida pela empresa Irmãos Costa Pais, segundo o «Diário Económico».

A Ibersol [IBRS], que congrega os «franchisings» da Pizza Hut e Pans & Company, entre outros, seguia inalterada nos 4,47 euros. A empresa que tem a maior percentagem do seu capital nas mãos dos fundos de investimento, vai pagar o dividendo bruto de 5,5 cêntimos de euros por acção a partir do dia 14 de Maio, e entra em «ex-dividendo» dia 11 de Maio.