Os resultados positivos divulgados hoje nos Estados Unidos, em relação ao número de pedidos de subsídio de desemprego e ao índice de indicadores económicos, fizeram o euro registar um mínimo de seis dias face ao dólar. A moeda europeia recuperou com os rumores de que o Banco Central Europeu (BCE) não vai intervir para travar o seu avanço.

O euro [EUR] seguia a ganhar 0,09% para os 1,2701 dólares depois de ter estado nos 1,2673 dólares, um mínimo de seis dias.

A moeda europeia continuou a tendência de queda registada desde ontem – dia em que fixou um novo máximo histórico – após a divulgação de indicadores económicos nos EUA.

O número de pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos caiu 24 mil para 344 mil na semana terminada a 14 de Fevereiro, segundo anunciou o Departamento do Trabalho. Este resultado superou as previsões dos economistas contactados pela Bloomberg, que apontavam para um total de 355 mil pedidos.

Os ganhos do dólar foram depois impulsionados pela divulgação do índice dos indicadores económicos avançados, que segundo o Conference Board, subiu em Janeiro pelo décimo mês consecutivo, com um ganho de 0,5%. Este índice normalmente não influencia os mercados cambiais, já que é feito com base em resultados divulgados anteriormente, mas contribuiu para aumentar o optimismo em relação ao desempenho da economia norte-americana.

Na Europa, os indicadores macroeconómicos divulgados hoje não tiveram grande impacto no euro. A economia da Alemanha cresceu 0,2% no quarto trimestre, resultado que ficou em linha com o avançado pelos analistas e que repete o crescimento do trimestre anterior. Foi também hoje anunciado pelo Eurostat que a Zona Euro registou um excedente comercial de 72,5 mil milhões de euros em 2003, valor que ficou abaixo dos 98,9 mil milhões de euros do ano anterior.

A moeda europeia começou a recuperar com a especulação no mercado de que o Banco Central Europeu não irá intervir a curto prazo para travar o avanço do euro. «De momento o Banco Central Europeu não está preparado para intervir. Não vão pensar seriamente nisso até que o euro atinja os 1,35 ou mesmo os 1,40 dólares», afirmou Paul Chertkow, analista cambial do Bank of Tokyo Mitsubishi.