O euro seguia pouco alterado, ao perder 0,02% face ao dólar, com os mercados a aguardarem pela divulgação de indicadores que permitam aferir sobre a evolução da economia europeia nos próximos tempos.

A moeda única [EUR] negociava nos 0,9022 dólares e avançava 0,35% relativamente à divisa nipónica, ao cotar nos 115,48 ienes.

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Wim Duisenbeg, afirmou hoje que o crescimento da Zona Euro deverá continuar «fraco» no início de 2002, apesar de manifestar-se convencido de que a economia europeia irá encetar uma retoma no decorrer do próximo ano.

Os últimos indicadores económicos têm apontado para a continuação do período de abrandamento da economia europeia, em sintonia com a inflação, o que poderia permitir novas reduções de juros.

A produção industrial dos países que compõem a Zona Euro diminuiu 1,4% em Outubro, depois de ter recuado 0,7% no mês anterior, segundo dados do Eurostat, o departamento de estatísticas da União Europeia (UE).

Duisenberg considerou que os juros «estão muito baixos», sugerindo que a autoridade monetária europeia não planeia baixar o preço do dinheiro no curto prazo, depois dos cortes de 150 pontos base realizados este ano e que colocaram a taxa directora da instituição nos 3,25%.

No entanto, aquele responsável afirmou que a inflação «deverá manter-se em níveis seguros, abaixo dos 2%, no futuro previsível», o que daria mais espaço ao BCE para reduzir os custos de financiamento na Zona Euro.

A descida dos juros costuma estimular o investimento e o consumo, mas pode levar também ao aumento das pressões inflacionistas, devido ao acréscimo da procura, o que tem condicionado a actuação do BCE.

Cada euro vale 200,482 escudos.