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INE confirma aceleração ligeira da inflação para 2,1% em setembro

Após ter ficado abaixo da meta de 2% do Banco Central Europeu (BCE), a variação homóloga da inflação voltou a acelerar em setembro. Inflação crítica também acelerou para 2,8%. IHPC português acelerou oito décimas, "em consequência do aumento de preços registado na classe dos restaurantes e hotéis".

Lucros do setor da distribuição começaram a desempenhar um papel crescente na subida da inflação na Zona Euro desde o arranque de 2022.
João Cortesão
10 de Outubro de 2024 às 11:08
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O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou esta quinta-feira que a taxa de inflação acelerou para 2,1% em setembro, em linha com a estimativa rápida. Em comparação com o mês anterior, a variação homóloga da inflação acelerou duas décimas, após ter ficado abaixo da meta de 2% do Banco Central Europeu (BCE).

"A variação homóloga do IPC [índice de preços no consumidor] foi 2,1% em setembro de 2024, taxa superior em 0,2 pontos percentuais à registada no mês anterior. Com arredondamento a uma casa decimal, esta taxa coincide com o valor da estimativa rápida divulgada a 30 de setembro", lê-se na nota estatística do INE.

A taxa de inflação subjacente, que exclui os produtos que estão mais sujeitos a variações de preços (produtos energéticos e alimentos não transformados), acelerou também mas a um ritmo superior, passando de 2,4% para 2,8%. Essa evolução significa que a aceleração dos preços no consumidor transmitiu-se de forma mais significativa entre produtos que não estão tão sujeitos a variações de preços, como a saúde e educação.

A variação do índice de preços relativo aos produtos energéticos diminuiu, em termos homólogos, de -1,5% para -3,5%. Essa queda é explicada "essencialmente devido à conjugação da redução mensal nos preços dos combustíveis e lubrificantes (-1,0%) com o efeito de base associado ao aumento registado em setembro de 2023 (3,2%)".

Já a variação do índice referente aos produtos alimentares não transformados foi de 0,8%, um "valor idêntico ao de agosto".

Por outro lado, o índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) português, que permite comparar a evolução dos preços entre os Estados-membros, apresentou uma variação homóloga de 2,6%, um valor superior em 0,8 pontos percentuais à taxa registada no mês anterior e superior na mesma dimensão (0,8 pontos percentuais) ao valor estimado pelo Eurostat para a Zona Euro (em agosto, a taxa em Portugal tinha sido inferior à da área do Euro em 0,4 p.p.).

"Esta aceleração do IHPC foi significativamente superior à registada no IPC, em consequência do aumento de preços registado na classe dos restaurantes e hotéis, que tem um peso relativo mais elevado no IHPC que no IPC", explica o INE. Em setembro, o IPC dos restaurantes e hotéis teve uma variação homóloga de 4,7%.

Sem contar com produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal teve uma variação homóloga de 3,3% em setembro, um valor superior ao estimado para a Zona Euro (2,7%). Em agosto, a variação homóloga do IHPC sem produtos alimentares não transformados e energéticos foi de 2,3%.

Em termos mensais, a variação do IPC foi de 1,3% em setembro, quando no mês precedente tinha sido de -0,3%. A variação média dos últimos doze meses foi 2,2%, menos uma décima do que em agosto. 

(notícia atualizada às 11:23)

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