O euro seguia a perder face ao dólar na sessão de hoje, depois de ter atingido um máximo de duas semanas durante a manhã. É o resultado das diferentes interpretações que o mercado tem feito do comunicado emitido após a reunião das sete maiores economias do mundo (G7).

O euro começou o dia a ganhar face ao dólar, motivado pelas reacções iniciais dos investidores em relação ao encontro deste fim-de-semana do G7. No comunicado final da reunião lia-se que o grupo das sete maiores economias do mundo está preocupado com a "volatilidade excessiva das taxas de câmbio".

Este comunicado parece não ter sido suficientemente claro para os mercados em relação a possíveis intervenções para travar o declínio do dólar, o que levou a moeda norte-americana a perder terreno face ao euro.

O euro [EUR] chegou a cotar-se nos 1,2763 dólares durante a manhã, um máximo das últimas duas semanas. A moeda europeia seguia agora a cair 0,22% para os 1,2678 dólares.

A inversão na tendência de valorização do euro poderá estar relacionada com a especulação no mercado sobre eventuais intervenções do Banco Central Europeu para travar o avanço da sua moeda frente ao dólar.

Durante o dia têm surgido interpretações diferentes de diversos quadrantes do mercado acerca deste assunto. Hans-Werner Sinn, director do instituto económico alemão IFO, afirmou em entrevista à Bloomberg que era possível "uma intervenção conjunta no mercado cambial para apoiar o dólar".

Esta visão não é partilhada por Steve Barrow, director da secção de estratégia cambial da Bear Stearns. " O comunicado não indica que o G7 queira travar a descida do dólar. Tudo o que indica é que querem que ele caia de forma pouco volátil", disse.

Apesar da indefinição acerca de uma possível intervenção do BCE, a maioria dos investidores aposta na continuação da queda do dólar, prevendo-se que o euro possa mesmo atingir os 1,40 dólares até ao final do ano.