O euro desvalorizou hoje face ao dólar após a divulgação do preço no produtor e das vendas a retalho nos Estado Unidos, os quais indiciam que a economia nos EUA continua a crescer sem pressões inflacionistas.

A moeda única valia, às 16h40, 0,9034 dólares, com uma queda de 0,54%. A moeda variou num intervalo compreendido entre os 0,9030 dólares e os 0,9146 dólares.

O Índice de Preços no Produtor (IPP) manteve-se inalterado face a Junho, um resultado em linha com o esperado. A taxa anual de crescimento do IPP global foi de 4,1% em Julho, acima dos 2,1% verificados no período homólogo.

As vendas a retalho, nos Estado Unidos, «um importante indicador para avaliar a procura interna não foi favorável para o euro, pois vem justificar o crescimento da economia norte-americana», refere um economista contactado pelo Canal de Negócios. As vendas subiram 0,7% em Julho, o maior aumento em cinco meses.

Os dados divulgados hoje nos Estado Unidos indiciam que a economia está a crescer sem pressões inflacionistas, o que sugere que a Reserva Federal (FED) norte-americana não deverá subir as taxas de juro, por forma a controlar a subida generalizada dos preços.

O euro já tinha recuperado hoje e «atingiu os 0,9143 dólares, um valor bastante acima do registado ontem. Esta subida surgiu com a perspectiva de que o Banco Central Europeu (BCE) suba as taxas de juro», refere outro economista contactado pelo Canal de Negócios.

O BCE mostrou no Boletim Mensal de Agosto a sua preocupação em relação à evolução da inflação da Zona Euro nos próximos tempos, que se situou nos 2,4% em Junho, acima da meta estabelecida pelo BCE.

Para controlar a subida generalizada e continua dos preços o BCE utiliza as taxas de juro, um instrumento de política monetária.

Contudo, na opinião do mesmo economista, «o euro deverá aproximar-se da paridade no final deste ano», sendo este também o consenso do mercado.