O euro valorizava 0,22% face ao dólar, depois de Alan Greenspan ter afirmado na última sexta-feira que ainda não é certo que a maior economia mundial esteja em recuperação, gerando receios de continuação do período de abrandamento económico.

A divisa europeia [EUR] cotava nos 0,8945 dólares e registava uma queda de 0,19% relativamente à moeda nipónica, ao valer 117,73 ienes.

O presidente da Reserva Federal (FED) norte-americana, Alan Greenspan, afirmou no final da semana passada que continuam a existir «riscos significativos» para a economia dos Estados Unidos, que poderá não ter encetado ainda uma «recuperação duradoura».

Estas declarações geraram especulação de que a economia norte-americana poderá continuar em recessão mais tempo que o esperado, depois de indicadores económicos divulgados nas últimas semanas terem gerado optimismo sobre uma possível recuperação.

O responsável máximo da autoridade monetária norte-americana disse também que o desemprego deverá continuar a aumentar nos próximos tempos, o que poderá afectar negativamente o poder de compra dos consumidores.

Os analistas acreditam que a recuperação da economia norte-americana está em grande parte dependente da inversão da tendência de quebra no consumo, que representa cerca de 75% do produto interno bruto (PIB) norte-americano.

No ano passado, o FED cortou a sua taxa directora num total de 475 pontos base para os actuais 1,75%, na tentativa de suster a confiança dos consumidores, e consequentemente o consumo.

A descida dos juros costuma estimular o crescimento económico, através da redução dos encargos associados à contracção de empréstimos, permitindo aos particulares e empresas aumentarem os seus níveis de consumo e investimento.

Cada euro vale 200,482 escudos.