O euro perdia 0,72% face ao dólar, depois da divulgação de indicadores que apontaram para o aumento do consumo nos Estados Unidos (EUA), indiciando que o ritmo de crescimento da maior economia mundial poderá aumentar nos próximos tempos.

A moeda única cotava nos 0,8541 dólares e recuava 1,54% relativamente à divisa nipónica, transaccionando nos 102,57 ienes.

O consumo dos norte-americanos registou um crescimento de 0,4% no mês de Abril, depois de avançar 0,2% no mês anterior, enquanto os rendimentos das famílias apresentaram uma progressão mensal de 0,3%.

O índice que mede a evolução da confiança dos consumidores norte-americanos cresceu para os 115,5 pontos em Maio, acima do esperado pelos analistas, depois de atingir o nível mais baixo dos últimos quatro anos e meio em Abril, ao situar-se nos 109,9 pontos, segundo dados avançados pelo Conference Board.

Os dados divulgados hoje indiciam que a economia norte-americana poderá recuperar nos próximos tempos, impulsionada pelo consumo, que representa cerca de 75% do produto interno bruto (PIB) dos EUA.

O aumento do consumo poderá estar relacionado com as cinco reduções de taxas de juro efectuadas pela Reserva Federal (FED) desde o início do ano, num total de 250 pontos base, para os actuais 4%, na tentativa de estimular o crescimento económico.

Quando os juros descem, os particulares e as empresas podem recorrer a financiamentos a um custo mais baixo, o que costuma impulsionar o consumo e o investimento.

Na Zona Euro, o Banco Central Europeu (BCE) baixou a sua taxa directora, ou REFI, em 25 pontos base para os 4,5% no dia 10 de Maio, efectuando a primeira descida do preço do dinheiro desde Abril de 1999.

Cada euro vale 200,482 escudos.