O euro recuava 0,36% face ao dólar, depois da divulgação de dados que apontaram para uma recuperação da economia norte-americana superior à esperada para os próximos tempos.

A moeda única cotava nos 0,8509 dólares e valorizava 0,28% relativamente à divisa nipónica, negociando nos 105,23 ienes.

O «Leading Economic Indicators», índice que reúne vários indicadores económicos dos Estados Unidos (EUA), publicado pelo Conference Board, cresceu 0,5% no mês de Maio, depois de avançar 0,1% Abril, sugerindo que a economia norte-americana poderá recuperar até ao final deste ano.

Este índice registou a maior subida mensal dos últimos 18 meses e cresceu pela primeira vez durante dois meses consecutivos, desde o período que decorreu entre Outubro de 1999 a Janeiro de 2000.

Desde o início deste ano, a Reserva Federal (FED) norte-americana já baixou a sua taxa directora por cinco vezes, num total de 250 pontos base, para os actuais 4%, na tentativa de combater o abrandamento da maior economia mundial.

A descida do preço do dinheiro costuma impulsionar o investimento e o consumo, ao diminuir os custos inerentes à contracção de empréstimos. No entanto, esta situação pode contribuir para o aumento das pressões inflacionistas, devido ao incremento da procura.

Na Zona Euro, o Banco Central Europeu (BCE) baixou a sua taxa de juro de referência, ou REFI, por uma única vez desde o inicio deste ano, efectuando uma redução de 25 pontos base para os 4,5% no dia 10 de Maio.

O BCE vai voltar a reunir amanhã, com os analistas a considerarem pouco provável uma nova redução dos juros por parte da autoridade monetária europeia, tendo em conta a evolução da inflação da Zona Euro ao longo dos últimos meses.

O índice de preços no consumidor (IPC) harmonizado da Zona Euro cresceu 0,6% em Maio, elevando a taxa de inflação homóloga para os 3,6%, com este indicador a continuar a sua tendência de afastamento da meta traçada pelo BCE, que se situa nos 2%.

Cada euro vale 200,482 escudos.