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Preço das casas vai continuar a subir em 2025, diz CEO da Caixa

Paulo Macedo referiu que o aumento dos preços na habitação, que a CGD espera para o próximo ano, deve-se a uma "oferta insuficiente", ao "aumento da procura", sem que haja uma "reposição da capacidade produtiva de empresas com oferta de casas a preços acessíveis".

Paulo Macedo é CEO da Caixa Geral de Depósitos desde o início da restruturação. Devolveu a injeção pública e a dívida privada da recapitalização.
Fernando Ferreira
24 de Outubro de 2024 às 19:32
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A CGD prevê que em 2025 o preço da habitação continue a aumentar, porque a procura de casas vai continuar a ser muito superior à oferta, afirmou esta quinta-feira o presidente executivo, Paulo Macedo.

"Nós vemos um continuar do aumento dos preços [em 2025], porque não vemos que vá haver oferta" suficiente para a procura, disse Paulo Macedo na sessão de abertura da conferência "Encontro Fora da Caixa" que se realizou em Faro, com o tema "A importância da gestão dos recursos naturais para o futuro do país".

O CEO da CGD referiu que o aumento dos preços na habitação, que a CGD espera para o próximo ano, deve-se a uma "oferta insuficiente", ao "aumento da procura", sem que haja uma "reposição da capacidade produtiva de empresas com oferta de casas a preços acessíveis".

Esta posição foi assumida numa parte da sua intervenção em que Paulo Macedo traçou o contexto macroeconómico que o banco que dirige espera em 2025, com a economia crescer, nomeadamente por via da subida do consumo, a influência do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) com uma "execução significativa", uma baixa inflação e uma redução das taxas de juro.

"Vemos a economia a crescer, mas não tanto como gostaríamos, a uma taxa de 3%, uma meta dos economistas", disse o banqueiro que avisou que estas perspetivas de curto prazo têm "algum risco".

No que diz respeito aos particulares, Paulo Macedo refere que estão criadas as condições para haver uma melhor taxa de esforço, uma maior capacidade de endividamento, um aumento do investimento, do crédito ao consumo, e do crédito à habitação, mantendo-se o nível do emprego.

A CGD espera que o rendimento disponível aumente, com uma subida do rendimento real dos trabalhadores e dos pensionistas, uma baixa dos impostos, uma redução de taxas de juro e duma diminuição da inflação.

Quanto ao setor bancário, Paulo Macedo voltou a indicar que o setor terá "lucros máximos" em 2024, mas "menor margem" em 2025, o que trará uma redução dos lucros no ano que vem.

"A banca este ano terá um bom ano, mas com a queda das margens os resultados da banca vão baixar em 2025", disse o presidente executivo da CGD.

Paulo Macedo assegurou que "hoje a Caixa está bem, está num bom caminho" e traçou um futuro em que a empresa tomará cada vez mais atenção aos investimentos sustentáveis em setores como o do Mar, "geradores de benefícios económicos, sociais e ambientais".
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