O euro recuava 0,8% face ao dólar, depois da produção industrial da Zona Euro ter diminuído acima do esperado em Maio, lançando novos sinais de abrandamento para a economia europeia.

A moeda única cotava nos 0,8544 dólares e desvalorizava 1,07% relativamente à divisa nipónica, ao transaccionar nos 104,97 ienes.

A produção industrial da Zona Euro desceu 0,5% em Maio, com este indicador a registar a sua segunda queda mensal consecutiva, indiciando que o sector poderá continuar a descer ao longo dos próximos meses.

Apesar dos sinais de abrandamento da economia europeia, os mercados receiam que o Banco Central Europeu (BCE) não irá baixar as taxas de juro nos próximos tempos para tentar impulsionar o ritmo de crescimento económico, devido ao aumento da inflação nos últimos meses.

A taxa de inflação da zona da moeda única, medida pelo índice de preços no consumidor (IPC) harmonizado, avançou 0,6% em Maio, elevando a inflação homóloga para os 3,6% e afastando-se do objectivo de 2% traçado pelo BCE.

No dia 10 de Maio, o BCE baixou a sua taxa directora, ou REFI, pela primeira vez desde Abril de 1999, em 25 pontos base para os actuais 4,5%, na tentativa de responder aos sinais de abrandamento económico.

A descida dos juros costuma estimular o investimento e o consumo, ao baixar os custos inerentes aos financiamentos contraídos por particulares e empresas, mas pode contribuir para o aumento da inflação, devido à subida da procura.

Nos Estados Unidos (EUA), a Reserva Federal (FED) já baixou a sua taxa directora num total de 250 pontos base desde o início deste ano, para os actuais 4%.

Cada euro vale 200,482 escudos.