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Estrangeiros reduzem ordens no mercado português em Novembro

Investidores não residentes em Portugal diminuíram aposta nos mercados nacionais.

03 de Janeiro de 2011 às 15:47
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O valor das ordens de compra e venda por parte dos investidores não residentes em Novembro caiu 17% face a Outubro, para 2,63 mil milhões de euros, ao passo que as ordens de residentes subiram 13,1% para 5,15 mil milhões de euros, segundo os últimos dados da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Só no mercado de acções, as ordens por parte de não residentes atingiram 1.388 milhões de euros em Novembro passado, quando as de residentes ascenderam a 3.434 milhões.

No total, no segmento accionista foram recebidas, em Novembro, ordens no valor de 4.823,3 milhões de euros, mais 9% do que em Outubro, tendo o número de ordens registado um aumento de 10% face a Outubro. De Janeiro a Novembro o valor das ordens sobre acções subiu 17% face a igual período do ano passado, salienta a CMVM.

Em Outubro, a queda nas ordens dos estrangeiros tinha sido mais intensa do que em Novembro. O valor das ordens recebidas de não residentes caiu 31% para 3,17 mil milhões de euros em Outubro, enquanto as recebidas de residentes caiu 8,7% para 4,55 mil milhões de euros.

Em termos homólogos, a queda no total das ordens por parte de não residentes foi de 9%. Nas acções, a descida foi de 6%.

Apesar desta queda em Novembro, o valor das ordens de investidores estrangeiros aumentou 48% no acumulado dos primeiros 11 meses de 2010, refere a mesma fonte.

Quanto ao valor das ordens de compra e venda sobre instrumentos financeiros recebidas pelos intermediários financeiros registados na CMVM, este subiu 0,8% em Novembro face ao mês anterior, para 7,79 mil milhões de euros. Nos primeiros onze meses do ano, o montante transaccionado totalizou 128,86 mil milhões de euros, mais 36,2% do que no período homólogo de 2009.

Mais dívida pública por menos valor

Na dívida pública, o valor intermediado das ordens foi de 706 milhões de euros, menos 36% do que do que no mês anterior, em contrapartida o número subiu 42% em Novembro. Nos primeiros onze meses do ano, foram recebidas ordens no valor de 14.678,7 milhões de euros, mais 222% do que no mesmo período de 2009.

No segmento de dívida privada, o valor das ordens atingiu 1.958,2 milhões de euros, menos 1% do que no mês anterior, pelo contrário o número de ordens recebidas, neste segmento, aumentou 11%. Entre Janeiro e Novembro, o valor das ordens sobre dívida privada totalizou 42.538,1 milhões de euros, mais 48% do que no período homólogo de 2009.

O BES Investimento (23,8%), o CaixaBI (9,1%) e o BPI (8,6%) tiveram as maiores quotas de mercado nas transacções sobre acções. Na dívida (pública e privada), o Intermoney Portugal SFC tem a maior quota de mercado (39,7%), seguido do BES (16,4%) e do BES Investimento (12,3%).

O valor intermediado sobre instrumentos financeiros derivados subiu 6,4% para 20,88 mil milhões de euros, tendo o número de contratos negociados aumentado 6,7% face a Novembro. O valor negociado através de contratos de futuros, o instrumento que tem maior peso no mercado de derivados (64,4% do total), subiu 26% para 13,4 mil milhões de euros.

O valor das ordens recebidas sobre CFD (contratos pela diferença) caiu 18% para 5,26 mil milhões de euros. Nos primeiros onze meses do ano, o montante das ordens recebidas sobre CFD’s aumentou 44% face ao mesmo período de 2009.

32% das ordens executadas fora de mercado

Em Novembro, 32% das ordens intermediadas foram executadas fora de mercado, o que representa uma queda de 10% face ao mês anterior. Nos primeiros onze meses do ano, 49% das ordens foram executadas fora de mercado, mais 82% do que no período homólogo de 2009.

Quase metade (49%) das ordens recebidas entre Janeiro e Novembro, foram executadas fora do mercado, o que representa um aumento de 82% face aos primeiros onze meses do ano passado. Em Novembro, 32% das ordens foram executadas fora do mercado, 5% foram internalizadas, 36% foram concretizadas nos mercados nacionais e 27% nos mercados internacionais.

A França, os Estados Unidos e a Espanha foram os três principais destinos das ordens executadas sobre acções fora de Portugal, enquanto o Luxemburgo, o Reino Unido e a Alemanha lideraram na concretização de ordens sobre títulos de dívida, conclui a CMVM.
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