Notícia
Estrangeiros reduzem ordens no mercado português em Novembro
Investidores não residentes em Portugal diminuíram aposta nos mercados nacionais.
03 de Janeiro de 2011 às 15:47
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Só no mercado de acções, as ordens por parte de não residentes atingiram 1.388 milhões de euros em Novembro passado, quando as de residentes ascenderam a 3.434 milhões.
Em Outubro, a queda nas ordens dos estrangeiros tinha sido mais intensa do que em Novembro. O valor das ordens recebidas de não residentes caiu 31% para 3,17 mil milhões de euros em Outubro, enquanto as recebidas de residentes caiu 8,7% para 4,55 mil milhões de euros.
Em termos homólogos, a queda no total das ordens por parte de não residentes foi de 9%. Nas acções, a descida foi de 6%.
Apesar desta queda em Novembro, o valor das ordens de investidores estrangeiros aumentou 48% no acumulado dos primeiros 11 meses de 2010, refere a mesma fonte.
Quanto ao valor das ordens de compra e venda sobre instrumentos financeiros recebidas pelos intermediários financeiros registados na CMVM, este subiu 0,8% em Novembro face ao mês anterior, para 7,79 mil milhões de euros. Nos primeiros onze meses do ano, o montante transaccionado totalizou 128,86 mil milhões de euros, mais 36,2% do que no período homólogo de 2009.
Mais dívida pública por menos valor
Na dívida pública, o valor intermediado das ordens foi de 706 milhões de euros, menos 36% do que do que no mês anterior, em contrapartida o número subiu 42% em Novembro. Nos primeiros onze meses do ano, foram recebidas ordens no valor de 14.678,7 milhões de euros, mais 222% do que no mesmo período de 2009.
No segmento de dívida privada, o valor das ordens atingiu 1.958,2 milhões de euros, menos 1% do que no mês anterior, pelo contrário o número de ordens recebidas, neste segmento, aumentou 11%. Entre Janeiro e Novembro, o valor das ordens sobre dívida privada totalizou 42.538,1 milhões de euros, mais 48% do que no período homólogo de 2009.
O BES Investimento (23,8%), o CaixaBI (9,1%) e o BPI (8,6%) tiveram as maiores quotas de mercado nas transacções sobre acções. Na dívida (pública e privada), o Intermoney Portugal SFC tem a maior quota de mercado (39,7%), seguido do BES (16,4%) e do BES Investimento (12,3%).
O valor intermediado sobre instrumentos financeiros derivados subiu 6,4% para 20,88 mil milhões de euros, tendo o número de contratos negociados aumentado 6,7% face a Novembro. O valor negociado através de contratos de futuros, o instrumento que tem maior peso no mercado de derivados (64,4% do total), subiu 26% para 13,4 mil milhões de euros.
O valor das ordens recebidas sobre CFD (contratos pela diferença) caiu 18% para 5,26 mil milhões de euros. Nos primeiros onze meses do ano, o montante das ordens recebidas sobre CFD’s aumentou 44% face ao mesmo período de 2009.
32% das ordens executadas fora de mercado
Em Novembro, 32% das ordens intermediadas foram executadas fora de mercado, o que representa uma queda de 10% face ao mês anterior. Nos primeiros onze meses do ano, 49% das ordens foram executadas fora de mercado, mais 82% do que no período homólogo de 2009.
Quase metade (49%) das ordens recebidas entre Janeiro e Novembro, foram executadas fora do mercado, o que representa um aumento de 82% face aos primeiros onze meses do ano passado. Em Novembro, 32% das ordens foram executadas fora do mercado, 5% foram internalizadas, 36% foram concretizadas nos mercados nacionais e 27% nos mercados internacionais.
A França, os Estados Unidos e a Espanha foram os três principais destinos das ordens executadas sobre acções fora de Portugal, enquanto o Luxemburgo, o Reino Unido e a Alemanha lideraram na concretização de ordens sobre títulos de dívida, conclui a CMVM.