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"Estamos a operar de forma completamente normal", assegura CMVM apesar da falta de administradores
O conselho de administração da CMVM tem três lugares vagos, incluindo o de presidente, depois de Gabriel Bernardino, anunciou que pretendia sair do cargo por motivos de saúde.
A Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM) quis deixar claro que "está a funcionar de forma normal e regulada" apesar de três dos cinco lugares do Conselho de Administração estarem vagos.
A garantia foi deixada esta quinta-feira pelo administrador Rui Pinto durante a conferência de apresentação do relatório anual sobre a atividade do supervisor referente a 2021.
"Não nos compete comentar os nomes que tenham sido avançados, isso é da competência do Ministério das Finanças. O que posso referir relativamente ao contexto atual é que é uma situação atípica, que é transitória. Estamos em contacto com a secretária do Tesouro que partilha desta urgência", comentou Rui Pinto.
Confrontado com a convocatória do PSD que chamou a CMVM ao Parlamento devido à preocupação sobre o "funcionamento anormal" do regulador, o administrador Miguel Almeida deixou claro que "a CMVM não responde a fins políticos", mas que sendo chamada à Assembleia da República irá "por ser a sua obrigação" mas que "faremos esta obrigação com gosto", rematou.
Os sociais-democratas entregaram um requerimento de audição da CMVM no parlamento no passado dia 24 de junho. Em causa estão os lugares deixados vagos no conselho de administração, sobretudo desde que o presidente, Gabriel Bernardino, anunciou que pretendia sair do cargo por motivos de saúde.
No que toca aos restantes lugares de administradores vagos, o administrador Rui Pinto afirmou que "não temos conhecimento desta situação".