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EDP seleccionada como uma das «top picks» globais da JPMorgan

As acções da EDP estão entre os títulos preferidos dos analistas da JPMorgan a nível global, revela o relatório «Global Gambits», onde a casa de investimento recomenda a estratégia aos seus clientes para os próximos 12 meses.

31 de Julho de 2006 às 10:59
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As acções da EDP estão entre os títulos preferidos dos analistas da JPMorgan a nível global, revela o relatório «Global Gambits», onde a casa de investimento recomenda a estratégia aos seus clientes para os próximos 12 meses. A eléctrica portuguesa, que recebe uma recomendação de «overweight» e um preço-alvo de 3,05 euros da JPMorgan, é vista pelos analistas como tendo potencial para cotar acima das parceiras europeias, seja pelas previsões do ritmo de crescimento de dois dígitos nos próximos três anos, pelos projectos que tem em carteira ou pelo facto de 75% do EBITDA ser gerado em actividades reguladas na Ibéria, diz a casa de investimento.

O optimismo da JPMorgan pela EDP estende-se a muitas outras acções de todo o mundo, mas a visão global dos analistas para o segmento accionista não é positivo, sendo atribuída uma recomendação de «underweight». Para justificar esta visão, os analistas referem as expectativas de abrandamento dos lucros nos EUA este ano e a subida dos juros por parte da Reserva Federal norte-americana até aos 6% em 2007. A queda dos mercados norte-americanos irá depois afectar as praças europeias. «Na sequência de um abrandamento da economia dos EUA, de uma queda das praças norte-americanas, do encarecimento do euro e da subida dos juros na Zona Euro para os 3,25%, pensamos que as acções da Europa serão pressionadas», lê-se no relatório.

Se as acções em geral não agradam à JPMorgan, as obrigações não ficam atrás, recebendo igualmente uma recomendação de «underweight». Uma vez mais são as preocupações com o futuro da economia norte-americana que ditam esta visão, mas aqui a opinião em relação à Europa difere do que se passa com as acções. «Acreditamos que as obrigações europeias vão ter um desempenho superior às dos Estados Unidos, reflectindo a nossa visão de um dólar fraco. Os riscos crescentes nos EUA vão levar os investidores a exigir um prémio mais elevado, anulando os efeitos de novas subida de juros na Zona Euro.»

A queda do dólar é também um assunto que merece a atenção da JPMorgan, que prevê que o euro avance até aos 1,36 dólares no final deste ano, graças às subidas de juros na Europa e ao abrandamento económico dos EUA.

Face às perspectivas negativas em relação aos investimentos em acções e em obrigações, sobra a liquidez como aposta para os próximos meses. A recomendação da JPMorgan é de «overweight» e o peso do «cash» nas carteiras elaboradas pela casa de investimento situa-se nos 20%.

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