A EDP Renováveis passou a integrar o cabaz das cotadas preferidas do BESI, para este terceiro trimestre. Agarrou o lugar deixado vago pela Portucel, juntando-se a outras duas empresas portuguesas e três espanholas, apesar de ter visto a sua avaliação revista em baixa. Ainda assim, é uma das que maior potencial de valorização apresenta entre as eleitas.

"Mantivemos a Abengoa, a Zon e a Sonaecom [no cabaz das preferidas] face ao anterior trimestre", diz o BESI. "Substituímos a DIA, a OHL e também a Portucel" que, nos últimos três meses apresentou um desempenho negativo de 0,2%. Foi uma das que menos perdeu, mas acabou por contribuir para a descida de 3,5% do cabaz. O PSI-20 cedeu, no mesmo período, 4,8% e o IBEX-35 recuou 12,1%.

Com o objectivo de continuar a superar ambos os índices, o BESI incluiu três novas cotadas: Ebro Foods, Ence, mas também a EDP Renováveis. "Esperamos uma melhoria dos lucros da Ebro, suportada pela queda dos preços das matérias-primas, mas também da subida do dólar", diz o banco. "A Ence e a EDP Renováveis deverão também beneficiar da exposição a activos em dólares", remata.

"Cortámos o nosso preço-alvo para 4,70 de 5,10 euros, dada a probabilidade de alteração da regulação em Espanha". Mesmo assim, o BESI manteve a recomendação de "comprar" dado o elevado desconto a que as acções negoceiam, mas também na perspectiva de que a compra de parques eólicos pela China Three Gorges dê maior visibilidade aos seus activos.

Mesmo com a descida da avaliação, a EDP Renováveis é uma das cotadas que maior potencial de valorização apresenta, entre as seis do cabaz. Pode subir 73%, apenas menos do que a Ence (108%) e a Abengoa (131%). A Sonaecom e a Zon apresentam potenciais de subida de 65% e 61%, respectivamente.

"Mantivemos a Sonaecom e a Zon já que acreditamos que as duas poderão vir a estar envolvidas na reformulação no mercado de telecomunicações em Portugal", diz a equipa de "research". O BESI defende que faz sentido uma fusão, com o reforço da posição de Isabel dos Santos na Zon a ser visto como um factor que poderá acelerar essa aproximação.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.