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"Earnings season" continua a dar gás a Wall Street. Tesla e Apple sobressaem

As principais bolsas norte-americanas fecharam o dia a ganhar, com os investidores agora focados nos próximos passos da Fed.

Os lucros do JPMorgan, Wells Fargo e Citigroup subiram 35%, 60% e 2%, respetivamente, no terceiro trimestre.
Andrew Kelly/Reuters
29 de Abril de 2024 às 21:32
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A "earnings season" continua a impulsionar Wall Street e a alimentar um maior apetite pelo risco. As bolsas norte-americanas fecharam, esta segunda-feira, em terreno positivo, e os investidores antecipam agora a decisão da Reserva Federal (Fed) dos EUA sobre as taxas de juro, que vai ser revelada esta quarta-feira. 

O S&P 500, referência para a região, cresceu 0,32% para 5.116,17 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite valorizou 0,35% para 15.983,09 pontos, enquanto o industrial Dow Jones subiu 0,38% para 38.386,09 pontos. 

Entre as principais movimentações no mercado, destaca-se a Tesla, que valorizou 15,31% para 194,05 dólares. A rápida visita de Elon Musk à China permitiu à gigante automóvel ultrapassar algumas barreiras regulatórias que a tinham impedido de introduzir o seu sistema de condução autónoma no país, através de uma colaboração com a chinesa Baidu. A China é o segundo maior mercado da Tesla.

Já a Apple também conseguiu uma forte valorização em bolsa, esta segunda-feira, escalando 2,48% para 173,50 dólares e impulsionada pelas negociações que a gigante tecnológica empreendeu com a OpenAI (detentora do ChatGPT) para utilizar tecnologia de inteligência artificial (IA) nos seus dispositivos. 

No espírito da "earnings season" e, com a febre da IA em marcha, as atenções focam-se agora nas contas trimestrais da Apple e da Amazon, que vão ser reveladas ainda esta semana e prometem animar os mercados. Além disso, a decisão da Fed sobre as taxas de juro é um dos principais focos para os investidores, embora se antecipe que as taxas diretoras vão manter-se inalteradas.

"A maior questão não está nas taxas, porque elas não vão descer esta semana, mas sim no quão 'hawkish' [agressivo] estará o discurso dos responsáveis da Fed, até porque eles já têm sido extremamente 'hawkish'", afirmou 
Thomas Hayes, da Great Hill Capital, à Reuters, antecipando um prolongamento de juros diretores elevadas. 

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