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Dividendos retiram quase 600 milhões de euros ao Grupo PT

A bolsa nacional está a negociar em queda acentuada, devido às desvalorizações da Portugal Telecom e da PT Multimédia, estando as acções da operadora a afundar mais de 4%. A entrada no período de "ex-dividendos" provocou uma transferência de quase 600 mil

15 de Maio de 2007 às 09:22
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A bolsa nacional está a negociar em queda acentuada, devido às desvalorizações da Portugal Telecom e da PT Multimédia, estando as acções da operadora a afundar mais de 4%. A entrada no período de "ex-dividendos" provocou uma transferência de quase 600 milhões de euros da empresa para os accionistas do grupo.

O PSI-20 [PSI20] está a perder 0,78% para os 12.253,19 pontos, com metade das acções em queda, seis a valorizarem e as restantes quatro inalteradas.

A Portugal Telecom [PTC] está a perder 4,19% para os 10,05 euros e a subsidiária PT Multimédia [PTM] está a deslizar 2,11% para os 12,04 euros.

As empresas entram hoje no período de "ex-dividendos", já que a partir de sexta-feira ambas as cotadas começam a remunerar os seus accionistas com os dividendos relativos ao exercício de 2006.

A PT vai remunerar cada acção com um dividendo bruto de 0,475 euros e a Multimédia com uma remuneração unitária de 0,30 euros.

O acerto dos dividendos está a provocar uma correcção de 520 milhões de euros na capitalização bolsista da PT e de 78 milhões de euros no valor de mercado da empresa liderada por Zeinal Bava.

BCP e Galp Energia em contra ciclo

A contrariar a tendência de queda da bolsa tem estado o Banco Comercial Português (BCP) [BCP] que está a valorizar 1,31% para os 3,09 euros. Na sessão de ontem, o título já tinha avançado mais de 2%.

Após o fecho da bolsa, o BCP emitiu um comunicado, negando a existência de divisões no órgão de gestão liderado por Paulo Teixeira Pinto, afirmando expressamente a sua "unidade, empenho e coesão, sob a liderança do seu presidente".

A imprensa tem dado conta nos últimos dias de relações de mal estar entre os administradores executivos do BCP.

Também  a amenizar a queda da bolsa tem estado a Galp Energia [GALP PL] que está a valorizar 1,24% para um novo máximo histórico nos 8,17 euros.

A petrolífera apresenta amanhã as suas contas trimestrais e  os analistas estão a contar com uma melhoria nos vários indicadores financeiros, com o contributo do negócio do gás e da exploração de petróleo a permitir compensar a quebra na procura de combustíveis.

Ainda no sector energético, mas do lado das perdas, a Energias de Portugal (EDP) [EDP] está mais barata em 0,5% para os 3,95 euros.

Às 9h10 tinham sido movimentados mais de 74 milhões de euros na bolsa nacional, numa altura em que as restantes praças financeiras na Europa negociavam sem uma tendência definida.

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