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Dividendo leva BCP a níveis pré-guerra. Energia pesa em Lisboa

O banco liderado por Miguel Maya foi a estrela da sessão, com um ganho superior a 5%. Lisboa fechou no verde, apesar do peso das energéticas no índice PSI.

Miguel Maya, CEO do BCP, realça que nunca antes de setembro vai voltar a pensar em dividendos.
António Cotrim/Lusa
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A bolsa de Lisboa fechou em alta, a acompanhar a tendência positiva que se vive pelas bolsas de todo o mundo graças à perspetiva de recuo nas tropas russas junto a Kiev. O índice de referência nacional PSI ganhou 0,29% para 5.921,84 pontos, com sete cotadas no verde, seis no vermelho e duas inalteradas.

A liderar os ganhos esteve o BCP, que além de ter beneficiado dos ganhos da banca europeia, reagiu também em forte alta ao anúncio de regresso dos dividendos, após um interregno de dois anos. O banco liderado por Miguel Maya vai distribuir aos acionistas um dividendo de 0,09 cêntimos por ação, num total de 13,6 milhões de euros.

Após o anúncio, valorizou 5,5% para 0,1729 euros, o valor mais elevado desde 23 de fevereiro, ou seja, antes da invasão. A par do BCP, também a Corticeira Amorim (1,51%), as retalhistas Sonae (1,1%) e Jerónimo Martins (1,47%) ou as papeleiras Semapa (0,67%) e Navigator (0,53%) fecharam em alta.

Os CTT ganharam 0,66% para 4,58 euros depois da operadora postal ter anunciado que vai retomar a tradição de mostrar aos investidores os planos da empresa para os próximos anos. Num evento agendado para os dias 22 e 23 de junho, a companhia liderada por João Bento vai fazer o balanço do seu processo de transformação e deixar as metas estratégicas para os próximos três anos.

Em sentido contrário, a energia travou maiores ganhos. A Galp Energia tombou 2,08% para 11,06 euros por ação, a espelhar o desempenho negativo do petróleo. A EDP Renováveis recuou 1,5%, a EDP 0,64%, a REN 0,36%, e a Greenvolt 0,57%.

Foi, aliás, a exposição à energia que levou Lisboa a ter o desempenho mais fraco na Europa. As bolsas estão a reagir em alta aos progressos nas negociações entre o Kremlin e Kiev, depois da equipa diplomática ucraniana ter anunciado que já está criado terreno para que Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky se possam encontrar para debater um cessar-fogo.

Os mercados encheram-se ainda de esperança depois de o Kremlin ter revelado que vai reduzir a atividade militar nas proximidades da capital da Ucrânia, Kiev, e também em Chernihiv, comprometido em reduzir a escalada do conflito.

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