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Depósitos das famílias sobem há cinco meses consecutivos

Os depósitos das famílias voltaram a aumentar em fevereiro para 181,4 mil milhões de euros. Já os depósitos a prazo estão em máximos de novembro de 2013, estando a subir há seis meses consecutivos.

Em Portugal, os cinco maiores bancos ganharam 3,3 mil milhões de euros em margem financeira.
João Cortesão
Em fevereiro, os depósitos das famílias aumentaram pelo quinto mês consecutivo, em termos homólogos, de acordo com dados do Banco de Portugal divulgados esta quinta-feira.

No final do primeiro mês do ano o "stock" de depósitos de particulares ascendia a 181,4 mil milhões de euros, superior em 900 milhões aos valores registados em janeiro e em 2% face aos números de fevereiro de 2023.

Por sua vez, os depósitos a prazo aumentaram 1,4 mil milhões de euros está em máximos de novembro de 2013, encontrando-se a subir há seis meses consecutivos. Não obstante, o crescimento mensal em fevereiro foi o mais lento dos últimos meses.

"No conjunto da área do euro, os depósitos de particulares cresceram, em termos anuais, 1,3%. A taxa de variação anual registada para os depósitos de particulares em bancos nacionais ficou, assim, acima da taxa média da área do euro pela primeira vez desde janeiro de 2023", detalha o BdP.

No caso das empresas, os depósitos decresceram, em termos de comparação anual, pelo quarto mês consecutivo (-1,7%), depois de em janeiro ter sido registada a maior queda desde novembro de 2013. Em fevereiro o "stock" de depósitos das empresas totalizava 62,8 mil milhões de euros, mais 300 milhões do que em janeiro.

Empréstimos recuperam após sete meses em queda


Os empréstimos às famílias cresceram 0,1%, face ao mesmo mês do ano passado, pela primeira desde julho de 2023 - uma subida que foi impulsionada pelo aumento dos empréstimos ao consumo.

O montante total para crédito à habitação, que caiu 1% relativamente a fevereiro de 2023, manteve-se praticamente inalterado face aos valores de janeiro deste ano e totalizou 98,7 mil milhões de euros

Já os empréstimos ao consumo atingiram 21,3 mil milhões de euros, mais 100 milhões do que no primeiro mês do ano e um aumento expressivo de 5,6% em relação a fevereiro do ano passado.

No caso das empresas foi também registado um acréscimo mensal, mas uma descida anual. Relativamente a fevereiro de 2023 o montante desceu 0,8% - a menor descida dos últimos 12 meses - enquanto que na comparação com janeiro aumentou 100 milhões de euros.

"Por dimensão das empresas, cresceu, em termos anuais, o montante concedido às microempresas (4,4%), enquanto as restantes tipologias (pequenas, médias e grandes empresas) apresentaram taxas de variação negativas", especifica o Banco de Portugal.

Já por setor de atividade: os setores das indústrias e eletricidade e do comércio, transportes e alojamento registaram variações anuais negativas de 3,2% e 2,5%, respetivamente. Em sentido oposto, " o setor da construção e atividades imobiliárias apresentou uma taxa de variação anual positiva de 2,1%, superior à registada em janeiro de 2024 (1,1%)".
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