Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

CureVac afunda quase 50% após vacina mostrar eficácia contra covid aquém das rivais

Empresa alemã afundou em bolsa, na negociação em Wall Street, depois de a eficácia da vacina contra o coronavírus ser de apenas 47%.

EPA
17 de Junho de 2021 às 07:40
  • ...
As ações da CureVac, uma farmacêutica alemã que também negoceia em Wall Street, caíram quase 50% depois do fecho de sessão nos EUA, reagindo ao estudo preliminar que mostra que a sua vacina contra a covid-19 tem apenas uma eficácia de 47%, bem abaixo das suas rivais. 

O estudo envolveu cerca de 40 mil voluntários, incluindo 134 pessoas infetadas com coronavírus. A empresa não divulgou grandes detalhes neste estudo preliminar, mas estima-se que a vacina possa ter menos eficácia nas pessoas mais velhas, do que nas mais novas, de acordo com a "Chief Technology Officer", Mariola Fotin-Mleczek.

Estes números ficam muito aquém das rivais. 
Em duas doses, a Pfizer mostrou 95% de eficácia na prevenção de sintomas consistentes com infecção de covid-19. Após a segunda dose de Moderna, esta vacina mostrou 94,1% de eficiência e a britânica Johnson & Johnson apresentou uma eficácia de 66%.

The New York Times cita especialistas que referem que os resultados da CureVac podem ser tão díspares do das rivais, porque quando os ensaios clínicos foram feitos para a Pfizere a Moderna não havia tantas variantes da covid-19, como atualmente. 

Embora preliminares, os resultados colocam o futuro da vacina da CureVac em causa à medida que os países mais ricos estão a fazer um esforço adicional para vacinar toda a população o mais rápido possível. Ainda assim, apesar da eficácia baixa, a CureVac prevê terminar o seu teste e planeia obter aprovação por parte do regulador, disse o CEO Franz-Werner Haas.

"Há uma necessidade enorme de vacina e acho que ainda podemos fazer uma contribuição", disse Haas. As ações da empresa caíram mais de 50% nas negociações pós-mercado, depois de subir 17% este ano. 

A ser aprovada, a injeção pode dar um "boost" à vacinação nos países mais atrasados neste campo, uma vez que não é necessário que as doses da vacina sejam congeladas em temperaturas muito baixas.
Ver comentários
Saber mais Curevac Wall Street EUA economia negócios e finanças saúde Informação sobre empresas medicina preventiva política macroeconomia indústria e produtos químicos
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio