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Crude e ‘brent’ atingem novos máximos em véspera de referendo na Venezuela

O crude e o «brent» atingiram hoje novos valores máximos, com a especulação de que a instabilidade gerada em torno do referendo sobre o governo de Hugo Chavéz, que acontece no próximo Domingo, na Venezuela, possa causar ainda mais interrupções de produção

13 de Agosto de 2004 às 16:32
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O crude e o «brent» atingiram hoje novos valores máximos, com a especulação de que a instabilidade gerada em torno do referendo sobre o governo de Hugo Chavéz, que acontece no próximo Domingo, na Venezuela, possa causar ainda mais interrupções de produção de petróleo. O crude já valorizou 4,05% em Nova Iorque esta semana.

O contrato de futuros do crude [cl1], com entrega em Setembro, atingiu hoje um valor máximo de 45,9 dólares (37,4 euros) por barril, seguindo agora a valorizar 0,77% para os 45,85 dólares (37,4 euros).

O contrato de «brent» [co1], com entrega no mesmo mês, atingiu também um novo valor máximo de 42,90 dólares (34,76 euros) na praça de Londres, estando agora a subir 1,04% para os 42,73 dólares (34,9 euros).

O «brent» já valorizou 5,36% nos últimos cinco dias, o que significa o maior aumento semanal desde a semana que terminou dia sete de Maio.

A Venezuela vai ter um referendo sobre o governo de Hugo Chavéz no próximo Domingo e, ontem, milhares de ruidosos adeptos estiveram à porta do palácio presidencial, quando o presidente da Venezuela incentivou os seus apoiantes a votarem em massa no Domingo.

«Estamos certos da vitória, mas ninguém pode baixar a guarda. Às 5h da manhã as pessoas devem estar nos locais de voto», afirmou o presidente.

Antes do discurso de Chávez, centenas de milhares de opositores marcharam numa auto-estrada de Caracas, na maior mostra de força registada em meses.

Hugo Chávez está no poder há seis anos e o crescimento da pobreza junto da maioria da população venezuelana é uma das principais críticas apontadas há sua governação.

Para os seus críticos, o ex-militar, que em 1992 tinha encabeçado um golpe para destronar o anterior presidente, tem de ser rapidamente afastado para que os gastos públicos exagerados cessem, para que os investimentos estrangeiros retornem à Venezuela e para que as relações daquele país com os EUA melhorem significativamente.

A Venezuela foi a quarta maior fonte das importações de petróleo dos Estados Unidos da América durante os primeiros cinco meses do ano, segundo o Departamento de Energia.

A produção de petróleo, exportações e receitas foram prejudicadas no ano passado depois de opositores do presidente venezuelano terem feito uma greve para o tirarem do poder.

As exportações de petróleo no Iraque foram reduzidas a Sul do país onde as tropas travam uma luta contra os militantes xiitas.

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