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Crescimento da procura de petróleo deve abrandar no segundo semestre

O ritmo da procura global de petróleo deverá abrandar na segunda metade do ano, adianta a Agência Internacional de Energia (AIE), que baixou as previsões do consumo em 2005. No mês de Agosto, a oferta mundial aumentou em 300 mil barris por dia, o que leva

09 de Setembro de 2004 às 11:19
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O ritmo da procura global de petróleo deverá abrandar na segunda metade do ano, adianta a Agência Internacional de Energia (AIE), que baixou as previsões do consumo em 2005. No mês de Agosto, a oferta mundial aumentou em 300 mil barris por dia, o que leva a entidade a prever que os preços possam cair.

A oferta mundial de petróleo situou-se nos 83,6 milhões de barris por dia em Agosto, o que corresponde a um aumento na ordem dos 300 mil barris diários em relação a Julho. A contribuir para estes ganhos esteve o reforço da produção na Rússia e na Arábia Saudita, que anulou as quebras registadas no Iraque e em alguns países não pertencentes à Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

Ao mesmo tempo, as previsões da procura para 2004 mantiveram-se inalteradas, esperando-se que sejam de 82,16 milhões de barris por dia. Na segunda metade do ano, no entanto, a Agência Internacional de Energia espera que o ritmo de crescimento da procura seja inferior ao registado nos primeiros seis meses de 2004.

Para 2005 a instituição cortou as previsões do nível da procura em cerca de 100 mil barris diários, estimando agora que o consumo seja de 83,92 milhões de barris por dia.

Estes dados levam a Agência Internacional de Energia a considerar que o crescimento da oferta se mantém acima da procura e a contrariar a visão dos analistas que apostam numa manutenção do preço do petróleo acima dos 40 dólares.

«As previsões de preços acima dos 40 dólares assumem que a oferta e a procura não reagem aos preços, que a tecnologia não tem influência a melhorar a oferta, que os Governos são ineficazes no estabelecimento de políticas energéticas e que a procura de petróleo da China vai permanecer sem restrições para sempre. Talvez seja assim, mas temos dúvidas», afirma a instituição no seu relatório mensal.

Para sustentar as suas previsões, a AIE refere que os riscos geo-políticos são os mesmos de sempre, que a Rússia, apesar da polémica em torno da Yukos, aumentou a produção, e que a procura dos barris de «light sweet crude» – que têm tido menos flexibilidade na oferta – deverá cair com o fim da época de férias de Verão nos EUA.

O crude em Nova Iorque seguia a cair 0,12% para 42,72 dólares, enquanto em Londres o barril de «brent» subia 0,27% para 40,50 dólares. Esta tarde o Departamento de Energia dos EUA divulga a evolução das reservas de crude na última semana.

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