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Cotações das «commodities» deverão manter-se elevadas a médio prazo

Os preços das matérias-primas deverão manter a tendência de subida no futuro próximo, suportados pela crescente procura da China, pela falta de investimento das empresas produtoras e pelos baixos «stocks», dizem os especialistas da Reuters.

22 de Junho de 2006 às 06:45
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Os preços das matérias-primas deverão manter a tendência de subida no futuro próximo, suportados pela crescente procura da China, pela falta de investimento das empresas produtoras e pelos baixos «stocks», afirmou Sam Arnold Foster, editor da análise de «commodities» da Reuters, durante uma conferência organizada pela agência de informação.

No caso do petróleo, os preços deverão oscilar entre os 60 e os 70 dólares até final do ano, com as razões dos «bulls» (investidores que apostam na tendência de subida) a terem maior peso nesta altura.

«Poderá haver uma tendência para levar os preços acima dos 70 dólares, já que temos uma série de factores que sustentam as subidas. Para baixo, vemos que a OPEP estabeleceu a fasquia dos 50 dólares como preço do barril, portanto será difícil que eles permitam uma redução das cotações para algo abaixo desse valor», afirmou Sam Foster.

Um dos factores que contribuirá também para os preços altos neste segmento é o facto dos investidores cada vez mais estarem interessados em apostas nas matérias-primas.

«Nos últimos anos, o investimento em ‘commodities’ deixou de ser algo táctico e pontual para ser algo mais ‘mainstream’. Mas ainda assim, em 2005 as matérias-primas só capturaram 2% do universo do investimento em estruturados. Só essa pequena saída de capital das acções fez grandes alterações nos preços das matérias-primas», referiu o especialista.

O grande «player» neste mercado será a China, que poderá duplicar o consumo de petróleo num curto espaço de tempo, aumentando a pressão sobre a capacidade de resposta dos países produtores.

Apesar da previsão de que as matérias-primas vão continuar em alta, Sam Foster não exclui a possibilidade de mais correcções em alguns activos, como o cobre. «Houve alguma exuberância irracional nalguns mercados e isso terá de recuar», afirmou.

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