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Confiança alemã e leilão espanhol dão fôlego de 1% às bolsas europeias

Banca lidera as valorizações no segundo dia de ganhos da Europa. Espanha, que tem penalizado o Velho Continente, está a justificar o desempenho positivo.

17 de Abril de 2012 às 11:44
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As bolsas da Europa estão a valorizar mais de 1%, depois de um início de sessão marcado por ganhos ligeiros. O leilão de dívida em Espanha, com maiores custos de financiamento mas com maior procura, deu um impulso às praças. Da mesma forma, a confiança dos empresários alemães em máximo de dois anos também contribui para os avanços.

O Stoxx Europe 600 soma terreno pelo segundo dia. O índice que reúne 600 cotadas do Velho Continente segue a ganhar 1,06% para 256,96 pontos, impulsionado sobretudo pela banca.

As empresas do sector financeiro têm sido as mais penalizadas pela recente intensificação dos receios de que Espanha venha a precisar de ajuda externa para evitar o incumprimento. Como a banca costuma seguir o desempenho económico, tem estado sob pressão.

Contudo, hoje é o sector que mais avança. O índice que junta as cotadas deste sector lidera os ganhos. O Crédit Suisse soma 3,33% para 24,54 francos suíços, ao passo que o Deutsche Bank valoriza 3,22% e está nos 34,93 euros. O espanhol Santander sobe 2,5% para 4,952 euros.

Procura em leilão espanhol impulsiona

Todos os sectores estão a ganhar terreno, num desempenho que se justifica, principalmente, por dois motivos. O leilão de dívida em Espanha levou os investidores a pedirem rendibilidades maiores, com a “yield” média a 12 meses nos 2,623%, comparando com 1,418% há um mês, e com uma taxa de juro implícita nos títulos a 18 meses de 3,11%, acima dos 1,71% de Março.

O Tesouro espanhol conseguiu, ainda assim, arranjar compradores para 3,18 mil milhões de euros em títulos a 12 e 18 meses, quando o montante máximo previsto era apenas de 3 mil milhões. Será esta colocação acima do esperado, com a ideia de que há ainda uma procura por títulos espanhóis – o que indica que não temem incumprimento, pelo menos, nos próximos 18 meses –, que está a impulsionar as bolsas.

Não será alheio também aos ganhos do Velho Continente o facto de o indicador de confiança do investidor alemão ter subido pelo quinto mês consecutivo em Abril, alcançando o valor mais alto em quase dois anos.

Bolsas periféricas também valorizam

O índice alemão, o DAX-30, valoriza 1,19% para 6.703,81 pontos, ficando abaixo do desempenho registado no índice francês, que soma 1,56% para 3.255,29 pontos, ou no holandês, com uma valorização de 1,54% para 310,74 pontos.

Em sentido ascendente estão também os índices que ainda registam uma perda no acumulado de 2012. O índice italiano soma 2,44%, ao passo que o espanhol ganha 1,29% para 7.302,10 pontos. O português PSI-20 valoriza 0,70% para 5.210,37 pontos.

Em termos empresariais, destaca-se a Danone. A produtora de iogurtes apresentou receitas referentes ao primeiro trimestre acima do previsto pelos economistas, o que está a justificar o avanço de 3% para 53,12 euros.

"É o início da época de resultados e muitas pessoas esperam que seja boa, a par dos dados económicos norte-americanos", comentou à agência Bloomberg Philippe Gijsels, do BNP Paribas.

Já a petrolífera Repsol perde 5% para 16,61 euros, tendo já estado a cair 9%. A empresa espanhola cai devido ao anúncio de que a posição maioritária que detém na YPF vai ser nacionalizada na Argentina.
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