Notícia
Excedente comercial do Brasil cai quase 25% em 2024
Ainda assim, o superávite comercial de 74,6 mil milhões de dólares foi o segundo melhor saldo positivo da história do país.
O Brasil obteve um excedente comercial de 74,6 mil milhões de dólares (71,8 mil milhões de euros) em 2024, o segundo melhor saldo da sua história, mas menos 24,6 % do que em 2023, indicou esta segunda-feira o Governo brasileiro.
As exportações brasileiras ascenderam a 337 mil milhões de dólares (324 milhões de euros) em 2024, menos 0,8% do que no ano anterior, de acordo com o relatório divulgado pelo Ministério da Indústria e Comércio.
No entanto, as importações aumentaram 9% em termos anuais, atingindo um valor de 262,5 mil milhões de dólares (252,6 mil milhões de euros).
O Brasil, a economia mais poderosa da América Latina, registou em 2024 os segundos valores anuais mais elevados tanto para as exportações como para as importações desde que existem estatísticas, num momento de forte depreciação do real brasileiro.
Por setor, a agricultura e a pecuária reduziram em 11% as exportações em termos de valor, enquanto as indústrias extrativas e de transformação nacionais aumentaram em 2,4% e 2,7%, respetivamente.
Nesse contexto, o Brasil exportou menos soja e milho no ano passado, mas vendeu mais óleo e celulose para o exterior.
Por países, a China, o principal parceiro comercial, continuou a ser o principal destino das exportações brasileiras, com uma quota de 28,5 % do total, o que se traduziu em receitas de quase 96 mil milhões de dólares (92,4 mil milhões de euros), cerca de 9% menos do que em 2023.
Em segundo e terceiro lugares ficaram a União Europeia (UE) e os Estados Unidos, com aumentos de 4,2% e 9,2% em termos de valor arrecadado.
De acordo com o Ministério do Comércio, a previsão do Brasil para 2025 é exportar entre 320 e 360 mil milhões de dólares e importar entre 260 e 280 mil milhões de dólares.