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Companhias aéreas norte-americanas caem todas mais de 33%
As companhias aéreas norte-americanas, entre as quais a Northwest Airlines e a AMR, que controla a American Airlines, perderam mais de um terço dos seus valores de mercado, após a abertura das Bolsas norte-americanas.
A AMR, a maior companhia aérea norte-americana, recuava 35,99% para os 19,01 dólares (20,74 euros ou 4.158 escudos) , enquanto a Northwest afundava 37,72% para os 12,22 dólares (13,27 euros ou 2.660 escudos). O US Airways Group desvalorizava 46,04% para os 6,27 dólares (6,81 euros ou 1.365 escudos), enquanto a United Airlines derrapava 38,7% para os 18,89 dólares (20,51 euros ou 4.112 escudos).
A Continental Airlines caía 50,55% para os 19,60 dólares (21,28 euros ou 4.266 escudos), enquanto a Southwest Airlines perdia 34,29% para os 11,25 dólares (12,21 euros ou 2.448 escudos). A Frontier Airlines seguia a quebrar 48,56% para os 6,25 dólares (6,79 euros ou 1.361 escudos).
«Não há nenhuma acção de aviação que esteja a salvo», revelou um operador citado pelas agências internacionais.
Os desvios dos aviões comerciais norte-americanos na passada terça-feira levaram a uma quebra na procura de viagens aéreas e a um aumento nos custos afectos à segurança por parte das companhias aéreas, pondo em causa a viabilidade financeira das mesmas.
A US Airlines solicitou ao Governo norte-americano biliões de dólares de auxílio financeiro à medida que prevês prejuízos iguais ou superiores ao máximo de 4,8 mil milhões de dólares (4,65 mil milhões de euros ou 932,24 milhões de contos), registados em 1992.
A AMR, a United Airlines, a Northwest e a Continental Airlines anunciaram todas que irão reduzir o número de voos a cerca de 80% do registado antes dos ataques.
A Continental revelou que não poderá pagar 70 milhões de dólares (76 milhões de euros ou 15,24 milhões de contos) em dívidas que venciam hoje, tendo anunciado o despedimento de 12 mil funcionários. O seu presidente prevê que o sector venha despedir 100 mil trabalhadores até ao final do ano.
As companhia aéreas europeias e asiáticas perderam em média cerca de 32% do seu valor desde os ataques terroristas, enquanto as asiáticas desvalorizaram 21%.