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CMVM vai contactar empresas para promover acesso ao mercado de capitais
O supervisor do mercado de capitais português está determinado em atrair mais empresas e mais capital para o mercado de capitais, promovendo uma atitude mais ativa no desenvolvimento do mercado, através de várias iniciativas.
"Vamos em conjunto com outros parceiros - associações empresariais – ir de encontro às empresas", explicou Gabriel Bernardino, na sessão de apresentação do plano estratégico da CMVM para o triénio de 2022 a 2024. De acordo com o presidente do supervisor do mercado de capitais, o objetivo é estabelecer "reuniões com empresas que tenham interesse em perceber melhor o que é isto do mercado de capitais e requisitos. Contribuir para ter novos intervenientes no mercado", seja através de dispersão de capital, seja através de novas emissões de dívida.
Em linha com o que têm sido as orientações nos últimos anos, a CMVM assume ainda como prioridade continuar a promover a celeridade e a eficiência do mercado, assim como a redução de custos, através da eliminação de requisitos regulatórios.
Já do lado dos investidores, o regulador vai continuar a divulgar informação standardizada sobre custos e retornos, assim como criar um novo relatório dedicado aos investidores e reforçar a sua presença nas redes sociais, onde procurará estar mais presente e mais próximo dos investidores.
Em relação ao tema dos criptoativos, Gabriel Bernardino refere a importância de continuar a informar os investidores sobre os riscos destes investimentos. Para 2023, está agendado o lançamento de um novo site, com um portal dedicado ao investidor.
O novo presidente da CMVM, que substituiu Gabriela Figueiredo Dias, no ano passado, está empenhado em dinamizar o mercado de capitais, unindo todos os agentes do mercado neste esforço.
"Queremos trazer todas as forças vivas do ecossistema do mercado em Portugal para termos um mercado mais desenvolvido. Deve ser um desígnio do país", concluiu.
Outra das prioridades da CMVM para os próximos três anos tem que ver com manter uma titude positiva face à inovação e promover sustentabilidade, de modo a não ficar para trás, sobretudo em relação ao exterior.
Simplificar a regulação e reforçar a supervisão preventiva, assim como desenvolver o capital humano e a capacidade de gestão de informação são as outras linhas de orientação definidas para o triénio 2022-2024.