A China vai voltar atrás na abertura do mercado accionista de Hong Kong aos populares chineses, limitando uma medida que foi tomada apenas há um mês. Esta decisão é a consequência da subida de 19% da bolsa do Hong Kong nesse período, fruto do forte investimento que proveio do continente.

O governo de Pequim vai colocar um tecto no investimento que pode ser feito por chineses na bolsa mais internacional do país. Nos últimos seis meses, os investidores do continente colocaram 45 mil milhões de dólares (32 mil milhões de euros) em títulos cotados em Hong Kong, um valor que, segundo a JPMorgan Chase, poderá ascender aos 200 mil milhões de dólares.

Esta medida do Governo levou a uma queda das acções no principal índice bolsista da antiga colónia britânica e, segundo os especialistas, demonstra a dualidade entre os objectivos da China que, se por um lado precisa de aliviar a pressão de subida do yuan, a moeda local, também não quer permitir uma fuga de capital do país, o que poderia levar a uma correcção acentuada das bolsas chinesas no continente.