Nas próximas semanas, os juros sobre os empréstimos à habitação na China - tanto para primeiras como segundas casas - podem sofrer um corte. Fontes conhecedoras do processo avançaram à Bloomberg que a redução das taxas em 80 pontos base foi proposta pelos reguladores financeiros do país e será dividida em duas fases, com a segunda a acontecer no princípio do próximo ano.

No total, deverão ser abrangidos 5,3 biliões de dólares em empréstimos. O objetivo é aliviar a pressão do crédito nas famílias. O plano ainda está a ser ultimado e terá de ser aprovado por altas instâncias do Governo, de acordo com as fontes, que não quiseram ser identificadas.

Os reguladores financeiros tentam, assim, ajudar o ferido mercado imobiliário e a economia, ao mesmo tempo que salvaguardam o sistema financeiro do país, avaliado em 66 biliões de dólares.

O equilíbrio não é fácil. Baixar demasiado os juros aumenta a pressão nos bancos, que já assistiram, no final de junho, a uma redução recorde das suas margens de lucro, para 1,54% - abaixo dos 1,8% considerados aconselháveis.

Já na semana passada, a Bloomberg noticiou que as autoridades chinesas estão a equacionar permitir a renegociação dos empréstimos à habitação até janeiro.