Notícia
China abre "caça ao homem" contra mineradores de bitcoin que continuam de forma ilegal
Depois de a forte pressão feita pela China sobre os mineradores de bitcoin, a grande maioria optou por abandonar o país continuando a sua atividade noutra região. Mas alguns mudaram de atividade e diminuíram o equipamento, de forma a passar pelos "pingos da chuva".
A campanha da China contra os mineradores de bitcoin continua a intensificar-se, apesar de grande parte das empresas que se dedicavam a esta operação terem abandonado o país e, os que se mantiveram, camuflaram-se noutras atividades, mas continuam a emitir nova moeda digital, de forma ilegal. E é precisamente sobre estes últimos que recai a mais recente pressão de Pequim.
As inspeções voltaram a aumentar em várias províncias chinesas, com foco em várias universidades, centros de dados ou instituições de análise, numa altura em que o inverno se aproxima e traz com ele um caudal de água maior - o que pode facilitar quem produza bitcoins através de energias renováveis. Era o que acontecia na província de Sichuan, no Sudoeste da China.
Só que a grande maioria recorria a fontes poluentes, como o carvão. Apesar de não existirem números concretos sobre a quantidade de moedas que são criadas desta forma, o encerramento de uma mina de carvão em Xijiang, em abril, uma zona desértica no Norte da China, a quase 2.000 quilómetros de Sichuan, poderá ter levantado a ponta do véu.
Isto porque nos dois dias em que a mina esteve sem funcionar, a mineração de bitcoin caiu cerca de um terço em todo o mundo. De acordo com o mesmo índice da Universidade de Cambridge, a região de Xijiang é onde estavam quase 40% de todos os mineradores do país, até abril deste ano. Sichuan (9,6%) surge em segundo lugar.
Tanto o preço da bitcoin como a "hash rate" da mineração, que mede a velocidade com que o próximo bloco de bitcoins é minerado, caíram depois de a China começar a banir toda a indústria do seu território. E enquanto muitos destes mineiros de criptomoedas fugiram do país, alguns continuaram a operar no país, emitindo outras moedas digitais menos conhecidas, de forma a passarem pelos "pingos da chuva" da regulação.
Só que agora, à medida que estas mineradoras vão assentando arraiais noutras regiões, grande parte delas em países vizinhos, este processo de emitir mais bitcoins voltou a ficar mais caro. A "hash rate" - que mede a velocidade com que o próximo bloco de bitcoins é minerado - disparou 55% desde os mínimos de dois anos tocados em julho deste ano.
Uma destas empresas admitiu à Bloomberg - e pediu para não ser identificado - que, para não ser identificado pelas autoridades chinesas, mudou a atividade em que trabalhava, mas continua na mesma a minerar novas moedas. Só que teve de reduzir o número de computadores e restante equipamento para uma escala residual.
Até abril de 2021, a China era o palco para 65% de toda a mineração de bitcoins no mundo, de acordo com a Universidade de Cambridge. E, se uma pequena parte desta mineração é feita com recurso a energia renovável, como o uso da hidroeletricidade em Sichuan, estima-se que a grande maioria seja feita através de carvão.
Minerar bitcoins é o processo de criar nova moeda. Um minerador de bitcoin corre um programa no computador que tenta resolver um "puzzle", ou chegar a uma chave (chamada "hash"), antes de todos os outros mineradores, de forma a chegar o mais rápido possível ao próximo bloco de bitcoins.
As inspeções voltaram a aumentar em várias províncias chinesas, com foco em várias universidades, centros de dados ou instituições de análise, numa altura em que o inverno se aproxima e traz com ele um caudal de água maior - o que pode facilitar quem produza bitcoins através de energias renováveis. Era o que acontecia na província de Sichuan, no Sudoeste da China.
Isto porque nos dois dias em que a mina esteve sem funcionar, a mineração de bitcoin caiu cerca de um terço em todo o mundo. De acordo com o mesmo índice da Universidade de Cambridge, a região de Xijiang é onde estavam quase 40% de todos os mineradores do país, até abril deste ano. Sichuan (9,6%) surge em segundo lugar.
Tanto o preço da bitcoin como a "hash rate" da mineração, que mede a velocidade com que o próximo bloco de bitcoins é minerado, caíram depois de a China começar a banir toda a indústria do seu território. E enquanto muitos destes mineiros de criptomoedas fugiram do país, alguns continuaram a operar no país, emitindo outras moedas digitais menos conhecidas, de forma a passarem pelos "pingos da chuva" da regulação.
Só que agora, à medida que estas mineradoras vão assentando arraiais noutras regiões, grande parte delas em países vizinhos, este processo de emitir mais bitcoins voltou a ficar mais caro. A "hash rate" - que mede a velocidade com que o próximo bloco de bitcoins é minerado - disparou 55% desde os mínimos de dois anos tocados em julho deste ano.
Uma destas empresas admitiu à Bloomberg - e pediu para não ser identificado - que, para não ser identificado pelas autoridades chinesas, mudou a atividade em que trabalhava, mas continua na mesma a minerar novas moedas. Só que teve de reduzir o número de computadores e restante equipamento para uma escala residual.
Até abril de 2021, a China era o palco para 65% de toda a mineração de bitcoins no mundo, de acordo com a Universidade de Cambridge. E, se uma pequena parte desta mineração é feita com recurso a energia renovável, como o uso da hidroeletricidade em Sichuan, estima-se que a grande maioria seja feita através de carvão.
Minerar bitcoins é o processo de criar nova moeda. Um minerador de bitcoin corre um programa no computador que tenta resolver um "puzzle", ou chegar a uma chave (chamada "hash"), antes de todos os outros mineradores, de forma a chegar o mais rápido possível ao próximo bloco de bitcoins.