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Certificados perdem 104 milhões em setembro. É a maior saída de poupanças desde abril

O montante colocado pelas famílias em certificados de aforro e do tesouro voltou a abrandar em setembro, ficando abaixo dos resgates.

Mariline Alves
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As famílias não tiravam tanto dinheiro dos produtos de poupança do Estado desde abril deste ano. A tendência de resgates está a decorrer desde o final do ano passado, mas voltou a acelerar em setembro, de acordo com dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal. O conjunto de certificados de aforro e do Tesouro recuou 104,21 milhões de euros para 43.988,01 milhões de euros - o valor mais baixo em 17 meses.

O "stock" de certificados de aforro registou, em setembro, uma quebra mensal de 34,95 milhões de euros - a maior saída de poupanças desde o início desta tendência, há 10 meses -, tendo-se ficado em 33.887,89 milhões de euros.

Já os certificados do Tesouro recuaram 69,26 milhões de euros para 10.100,12 milhões de euros em setembro. Desde novembro de 2021 que o "stock" desta fonte de financiamento do Estado tem vindo a cair.

Até agosto do ano passado, o dinheiro que entrava em certificados de aforro mais do que compensava a saída registada nos certificados do Tesouro, mas tal deixou de acontecer, o que levou a uma redução do montante total destes dois produtos desde setembro. A tendência manteve-se ao longo dos últimos quatro meses do ano passado e transitou para 2024.

Contudo, a expectativa do Governo é que haja uma renovação do apetite com a entrada em vigor de novas regras, no início deste mês. A principal alteração prende-se com os limites máximos que podem ser alocados a estes produtos.

A série F de certificados de aforro, em comercialização desde junho do ano passado, tinha até ao mês passado um limite máximo e cada aforrador não pode colocar mais de 50 mil euros. Este valor é alterado e passou a partir de 7 de outubro para o dobro: 100 mil euros. Além disso, no acumulado dos certificados da série E e da F, não poderia ficar com mais de 250 mil euros nestes produtos. Neste caso, o limite conjunto sobe para 350 mil euros.

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