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Famílias voltam a investir em certificados de aforro. Entram 240 milhões em outubro

Com as novas regras para os certificados em vigor, o dinheiro das poupanças das famílias neste produto do Estado voltou a aumentar após 11 meses em queda.

As novas regras dos certificados de aforro, que entraram em vigor a 7 de outubro, alargam o limite máximo que pode ser investido por aforrador.
Mariline Alves
21 de Novembro de 2024 às 11:12
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Após 11 meses consecutivos a retirar dinheiro dos certificados de aforro, as famílias voltaram em outubro a investir neste produto de poupança do Estado, de acordo com os últimos dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

O conjunto de certificados de aforro e do Tesouro aumentou 150,62 milhões de euros para 44.138,63 milhões, depois de em setembro o montante conjunto ter chegado ao valor mais baixo em 17 meses, registando o décimo terceiro mês de quedas.

O "stock" de certificados de aforro registou, no mês passado, uma subida mensal de 240 milhões de euros, fixando-se nos 34.127,89 milhões de euros - o valor mais elevado desde o início da série do BdP, em dezembro de 1998. O crescimento mensal é o maior desde agosto de 2023.

Até agosto do ano passado, o dinheiro que entrava em certificados de aforro mais do que compensava a saída registada nos certificados do Tesouro, mas tal deixou de acontecer, o que levou a uma redução do montante total destes dois produtos desde setembro de 2023 até setembro deste ano.

A expectativa do Governo - de que houvesse uma renovação do apetite, com a entrada em vigor de novas regras no início de outubro - veio a confirmar-se. A principal alteração foi nos limites máximos que podem ser alocados a estes produtos.

A série F de certificados de aforro, em comercialização desde junho do ano passado, tinha até ao mês passado um limite máximo e cada aforrador não podia colocar mais de 50 mil euros. Este valor é alterado e passou a partir de 7 de outubro para o dobro: 100 mil euros.

Além disso, no acumulado dos certificados da série E e da F, não poderia ficar com mais de 250 mil euros nestes produtos. Neste caso, o limite conjunto sobe para 350 mil euros.

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