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«Brent» atinge máximo histórico nos 68,99 dólares

O preço do barril de “brent” negociado em Londres avançou hoje para o valor mais alto de sempre, nos 68,99 dólares, ao passo que em Nova Iorque o crude tocou um máximo de sete meses, espelhando os receios que povoam o mercado petrolífero.

10 de Abril de 2006 às 22:45
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O preço do barril de "brent" negociado em Londres avançou hoje para o valor mais alto de sempre, nos 68,99 dólares, ao passo que em Nova Iorque o crude tocou um máximo de sete meses, espelhando os receios que povoam o mercado petrolífero.

O anterior máximo histórico do "brent" tinha sido fixado no final de Agosto, nos 68,89 dólares, por altura da passagem do furacão Katrina pelo Golfo do México.

A principal preocupação prende-se agora com a situação no Irão, depois de no fim-de- semana se terem avolumado os rumores de que os EUA se estariam a preparar para lançar Um ataque sobre o país.

A reacção levou a um aumento do prémio de risco no barril, isto porque o Irão é um importante produtor de petróleo – fornece cerca de 3,7milhões de barris diários, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE) – e pode cortar esse fornecimento em caso de um ataque, o que levaria a uma redução da (já curta) margem de manobra entre a oferta e a procura.

Mais importante do que a produção é o facto de o Irão ter também capacidade para bloquear o estreito de Hormuz, uma porta de entrada para o Médio Oriente por onde circula cerca de um quinto do petróleo mundial.

Além do Irão, a lista de preocupações dos investidores inclui também a Nigéria, onde os sucessivos ataques a instalações petrolíferas têm limitado os fornecimentos. Ao todo são cerca de 500mil barris diários que não têm sido escoados desde que se iniciou esta vaga de atentados. A preocupação aumenta tendo em conta que a Nigéria é um forte fornecedor de gasolina, produto que irá começar a registar uma forte procura nos EUA.

A gasolina é, aliás, o produto que mais tem centrado as atenções dos analistas nos relatórios do Departamento de Energia norte-americano. Nas últimas cinco semanas, as reservas de gasolina dos EUA baixaram 6,2% e a previsão dos especialistas é de que voltem a cair nesta semana em cerca de dois milhões de barris.

"Os inventários têm vindo a condicionar os preços. Penso que a quebra se deve às operações de manutenção das refinarias e não me parece que estejam a funcionar plenamente nas próximas duas semanas", afirmou um analista citado pela Bloomberg.

Na semana passada, as refinarias terão trabalhado a um ritmo de 86% da capacidade e ao longo dos últimos tempos o mercado tem-se deparado coma dificuldade de produção de novas misturas de gasolina com etanol.

O crude em Nova Iorque valorizava 1,80% para 68,60 dólares e em Londres o "brent" subia 2,10% para 68,70 dólares.

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