As bolsas europeias fecharam a subir pelo segundo dia consecutivo, com o aumento dos preços das mercadorias a impulsionarem os produtores de matérias-primas e com a divulgação dos resultados de empresas. Sinais que fortalecem a retoma económica, e que anularam o impacto dos receios com a Grécia nos principais índices bolsistas.

A BHP e a Xstrata beneficiaram da subida dos preços dos metais. A maior mineira do mundo valorizou 2% para 2.151 pence, enquanto que a Xstrata apreciou 2,3% para 1.194 pence. Os metais que mais subiram foram o cobre, o zinco, níquel, o chumbo e o estanho.

A TomTom, maior fabricante de dispositivos portáteis de navegação, apresentou um resultado líquido, inesperado, de 2,9 milhões de euros no primeiro trimestre, enquanto os analistas tinham previsto perdas no valor de 8,4 milhões de euros. A TomTom está a valorizar 9,8% para 6,57 euros, o maior ganho desde 22 de Julho.

O Europe Stoxx valorizou 1% para 270,1 pontos.

“Os preços tendem a subir” e a “recuperação económica tem que ser sustentável”, afirmou o chefe de estratégia europeu, Mislav Matejka, citado pela Bloomberg.

A Standard & Poor’s estima que os lucros das empresas norte-americanas aumentem 9,1% em Abril.

Hoje, a chanceler alemã, Angela Merkel, disse que só aprovará o pacote de ajudas à Grécia, caso esta adopte medidas mais duras para conter o défice orçamental nos próximos anos. Declarações que provocara, perdas acentuadas nos mercados bolsistas grego e português, os restantes índices escaparam, com os resultados a sobreporem-se aos problemas da Grécia.

O grego FTSE/ASE20 depreciou 2,65% para 882,86 pontos e o português PSI-20 cedeu 3,17% para 7.557,36 pontos, sendo a bolsa que mais caiu na Europa, muito devido à especulação de que Portugal será a próxima “vítima” dos mercados.

O espanhol IBEX avançou 0,19% para 10.939,30 pontos. O inglês FTSE ganhou 0,53% para 5.753,65 pontos. O francês CAC apreciou 1,17% para 3.997,39 pontos.

O DAX valorizou 1,16% para 6.332,10 pontos. O AEX apreciou 1,15% para 357,43 pontos.

Veja também:

As cotações dos principais índices
A evolução das acções das bolsas de Espanha, França, Holanda e Alemanha