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Hugo Soares: "É o tempo do interesse nacional se sobrepor ao partidário"

Secretário-geral do PSD usa a mesma frase do ministro dos Assuntos Parlamentares para lembrar que "o Governo moveu uma montanha e o PS ainda não saiu do Largo do Rato" nas negociações em torno do OE.

José Sena Goulão/Lusa
06 de Outubro de 2024 às 16:41
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O secretário-geral do PSD voltou este domingo a colocar pressão sobre o líder do PS, frisando que "este é o tempo do interesse nacional se sobrepor ao interesse partidário".

Em Mondim de Bastos, Hugo Soares repetiu que "este é o momento de tirar alguma crispação ao debate" em torno da viabilização do Orçamento do Estado (OE) para 2025, ainda que tenha lamentando a pouca flexibilidade de Pedro Nuno Santos na forma como avaliou a proposta "irrecusável" do Governo.

"Creio que o país sabe que o Governo moveu uma montanha e o PS ainda não saiu do Largo do Rato", sede do Partido Socialista, repetindo um argumento que já tinha sido usado na sexta-feira pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte.

Hugo Soares vincou depois que "é tempo de esperarmos pelo que o Governo terá a dizer", sendo que a resposta a Pedro Nuno Santos será dada pelo primeiro-ministro.

"Cabe ao Governo tomar uma decisão e ao senhor primeiro-ministro explicar ao país qual é a posição do Governo", insistiu o também líder parlamentar social-democrata, adiantando que "o que os portugueses sabem e percecionaram é que o Governo fez um grande esforço de aproximação ao PS com uma proposta que foi consensualmente validada como irrecusável".

Ministro da Presidência critica incentivo fiscal do PS

No Telejornal da RTP, no sábado à noite, o ministro da Presidência adiantou que a proposta de crédito fiscal a empresas apresentada pelo PS como moeda de troca à descida do IRC "é um instrumento desadequado, muito mais caro" que o corte desenhado pelo Executivo.

Segundo António Leitão Amaro, o crédito fiscal ao investimento proposto por Pedro Nuno Santos, e que é uma medida recuperada do Governo de Passos Coelho e usada também durante a pandemia, "é instrumento de aceleração rápida para investimentos já previstos".

"É uma espécie de injeção de adrenalina que deve estar guardada na prateleira para momentos de crise", insistiu o governante, numa crítica à contraproposta socialista.

Ainda assim, Leitão Amaro acredita que será possível encontrar um ponto de entendimento com o socialistas. "Estamos num caminho melhor e mais positivo", enfatizou.

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